Do alto da minha cave
Vejo uma triste alegria.
Vejo um imposto que sobe
Mais um corte que arrepia.
Vejo um desgoverno rosado
Num governo que legítimo foi parido
Mas ferido de minoria,
Que ao durar asfixia.
Vejo uma oposição radiante
Pelo enterro constante,
De mudanças adiadas
Em campanhas prometidas.
Vejo inaugurações,
Autoestradas e TGV’s,
Pontes e aeroportos
Que se vão anunciando
Semana após semana,
Quem sabe se atolando
O povo numa barragem.
É Tua, a imagem que prevejo
É o lodo que antevejo.
Vejo Eurocratas famosos
Prontos para ajudar
A salvar-nos de mercados
Por eles, sabiamente criados,
Gerando endividados
Com juros de encantar.
É a água que vai juntando.
E os ideais afogando,
Perguntamos todos agora:
“Isto dura até quando?”
Que se passa que não vejo!
Sou cego, surdo e mudo?
Das virtudes estou despido?
Quem me dera,
Não ver o que agora vejo
Mas ver tudo o que desejo.
Temos que ter cuidado com o que desejamos: os deuses para nos castigar por vezes atendenm-nos.
ResponderEliminarAbraço
É melhor ver o que se deseja do que ver outras coisas...
ResponderEliminarE assim vai o nosso Portugal!
ResponderEliminarbj
Vá chiba-te...Gajo ou gaja?
ResponderEliminarSerá hermafrodita?
Ou...Ou...
Ai!