domingo, 25 de fevereiro de 2018

#opobre

Desiludido e cabisbaixo
Passa o pobre no caminho
O seu mundo é um mistério
Está quase sempre por baixo
E fica o tempo sozinho.
Coitado do pobre errante
Que a magreza disfarça
E esboçando um sorriso
Esconde-se numa farsa
Onde o ser é só parecer
E o ter é apenas prejuízo.
Será sempre um pedante
Clamando o que é preciso,
Que até os deuses sonantes
Farão dele um figurante
Nas portas do Paraíso.


(Mariavaicomasoutras)

2 comentários:

  1. Mas que poema triste.
    Pão de pobre quando cai
    é sempre com a manteiga
    pra baixo.
    Isto assim já é demais
    pobre será sempre pobre
    enquanto não entrar no mundo
    da vida a fazer vigarice:
    cambalaxo.

    Beijos, fica bem e tem uma boa semana.

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...Simplesmente Maria.