quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Quando me olhas!

Teus olhos fitos nos meus!
Os meus,
Rasgam os teus!
Quando me olhas assim...
Olhar profundo,
Abre-se a nova imagem do mundo.
Olhar tão meigo e brilhante…
Olhar carente…
Sinto-me em ti
Na doçura desse olhar!
Por momentos,
Arrepia-me o teu penetrar-me…
Sinto que mergulhas,
 No leito do meu pensar!
Encontras-te em mim
Ao encontrares-me em ti.
Em momentos…
 De uma pureza sem fim!
Do melhor,
Que já vivi!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sei lá se é...

Ao ritmo da troikada
Dança do FeMI/CêÉÉ.
Vai PThompson de abalada
Mas chega o Sei lá se é .

Economistas não faltam
Neste viver global
De qualquer lado se importam
Para “ajudar” Portugal!

Experiência não lhe falta
Num curricula sem igual
É mais um p’ra ver a malta
Que vai p’ro abismo fatal.

O facto de ser Etíope
País onde a miséria impera
Até podia ser míope
e Portugal recupera?

Vira e roda nesta dança
De países periféricos
Sempre num corridinho
De políticos cadavéricos!

Em relvas já infestadas
Coelhinhos adoramos.
E com as contas ratadas
Encavacados estamos.

Seja ou não seja a verdade!
Não posso perder a fé,
Mais uma   oportunidade.
Sei lá se é ou não é.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Reencontro...

És… Faltava-te esta palavra!
Na veia poética da Mariavaicomasoutras, digo-te que “Sou”:
Os Dedos das Mãos que se tocam e embalam,
Quando estamos juntas, porque as mãos falam.
A Taquicardia que nos sustenta sempre que eu te encontro,
Porque o Coração bate de acordo com o momento e com o que sente dentro.
O Espírito que nos ventila o viver
E não deixa a Alma morrer.
Os Olhos vivos e reluzentes, os teus,
Subjugada e desnuda pelo Olhar dos olhos meus.
O Ser que te ama e te domina,
Sempre que me aproximo do teu Corpo de menina.
O Apelo que te chama e te basta,
Num Desejo que é nosso e nos desgasta.
A Cabeça que sem esforço transpira,
Quando as nossas Bocas se unem num beijo que nos respira.
A Alegria radiosa que impera,
Num Sorriso luminoso que nos espera.
O Som das palavras que digo,
No murmurar de uma Voz que te atravessa e te dói.
A Chama que aquece e clareia o teu ser,
Na Luz que nos incendeia o sofrer.
A Cor que te liberta sem dor,
Do Arco-íris que é o nosso amor.
O Luar que nos arrebata e embriaga
De uma Lua que enfeitiça a nossa entrega.
O Som da nossa paixão,
Numa Melodia que nos perturba a razão.
A Fantasia que é o Sonho,
 de juntos poder voar.
O Percurso de um Caminho que nos guia e nos assola,
Mas mesmo sendo custoso nos consola.
A Crença que te acolhe e te leva, na Fé que sendo dos dois,
Faz que na tempestade, chegue a bonança depois.
O Pavor que te transtorna e até te faz rejeitar,
No Medo que em ti se cria, de uma Mulher amar.
A Onda que te navega, na imensidão que é o Mar
E que ao chegar à praia, desmaia por te abraçar.

Sou…a palavra que te faltava, não para encontrar o que… És
Porque essa sempre esteve no corpo do verbo Ser…
Uma Mulher que te ama e que se estende a teus pés...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Tradição

Tradição….já não é o que era!
Ouvi uns rumores de que nos devemos “afastar” das tradições…motivo: estamos em crise!
É esta a verdadeira crise, a do existencialismo!
Argumentar sobre o que não tem argumentação é complicado.
Retomo a tradição do pensamento e verifico que a “inteligentia”dizia:
"Alem das aptidões e das qualidades herdadas, é a tradição que faz de nós aquilo que somos” (Albert Einstein)
Aptidões…tenho algumas herdadas e outras tantas adquiridas.
Qualidades…idem, idem aspas, aspas.
Fujo à tradição e claro, adoro o sexo oposto…não pela tradição mas sim pelas aptidões e sobretudo pelas qualidades.
Uns parvos meu velho Einstein…é o que somos, pelas escolhas que fazemos de quem nos vai abrindo os trilhos que percorremos nesta vida!
“ Os homens fazem a sua própria história, mas não o fazem como querem… a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos” (Karl Marx)
Pois é Marx…mas há alguns que vão fazendo o que querem.



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Esta palavra “PIEGAS”

P de Parvo,
I de Indolente,
E de Espanto ,
G de Gozo,
A de Austero e um…
S de Serôdio!
Assim se escreve Piegas
Juntas o P ao I
E o E ao G e A
Surpreende-a com o S
E verás que ela lá está!
Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…
EGAS!
Disse agora uma asneira!
Pois quem a pronunciou
Queria dizer Mimalho
Eu mandei-o pró “trabalho”
Porque Birrento  não sou!
Nem tão pouco sou Chorão,
Nem sequer sou um Lamechas!
Posso ser Efeminado
E ter algo de Aldrabão!
Pois que me chame PIEGAS
Com toda a serenidade,
O homem da paz, pão
Povo e liberdade,
Que eu sigo o meu coração!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Bom dia São Valentim!

Ai Valentim, Valentim
Ai Valentim Valentão!
Porque me fazes assim
Um grande namoradão?

São resmas de namoradas
Que ao meu lado me pões
São solteiras e casadas
Todas querem atenções!

Por ser uma aldrabona
verdade não sai  de mim
Podes dar cabo da mona
Nunca terás uma assim!

Bom dia São Valentim!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Maçã de Adão

Como é boa a maçã de Adão!
Só de a ver,
Caem meus  olhos ao chão!
Pele luzidia,
Ao tocar nela que sensação.
Como é macia e o cheiro tão bom
É um gosto ter-te maçã de Adão!
Pego em ti,
Nem pestanejo,
És verdadeira ou uma ilusão?
Vou-te comer,
Vai ser tão bom!
E a tua casca, trinco-a ou não?
Se te trincar tu dás um grito,
Tu a gostar e eu aflito!
Como és boa maça de Adão!
Não penso mais,
Meter-te à boca,
Deixar-te louca,
E digo baixinho com a voz rouca:
Como és tão boa maçã de Adão!
Cravo-te o dente…zás
Tu cais p’ra trás.
Que estranho!
É o teu sabor No meu palato…
Parece que lambi um prato!
Sabe a salsicha!
Tu, tão bonita e tens uma bicha?
Não volto a dizer:
Como és tão boa maçã de Adão!
Tirei agora a minha ilação…
Vi-te por fora
Por dentro não!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Uma forma de dizer “Condenada”

Hoje sinto-me condenada.


Sentada, junto à sabedoria popular, escuto, paro e olho como se de uma passagem de nível se tratasse. Farto dos atropelos da vida, o que importa mais um? Do outro lado da via vejo os meus filhos estudando, trabalhando, namorando, brincando, às profissões, ao estudo … tudo isso fiz. Penso com os meus botões quem andou ainda pode andar, ou talvez não, porque me dizem que quem andou não tem p’ra andar.

A primeira constatação diz-me: TENHO FILHOS!

Mais além, vejo um jardim repleto de flores e de arbustos multicores, onde horas a fio manifestei muitos dos meus sentimentos: amor, raiva, tristeza, alegria, ternura, compaixão…
No canto do jardim está uma árvore, com um porte altivo e senhoril. Na sua sombra descansei, dormitei, pensei. Pensei tanto e porque não dizê-lo - chorei. Dizem-me que as arvores também se abatem mas esta não merece. Lá bem no alto da sua copa ela olha em seu redor e vê de um lado a montanha, enorme, pujante, verde, queimada aqui e ali por mãos criminosas, do outro lado o mar, imenso. Tão imenso que não consigo alcançar a sua verdadeira dimensão. Que sorte a tua minha árvore que o sol nasce para ti todos os dias. Do raiar da aurora ao por do sol muitas historiais terás para contar.

A Segunda constatação diz-me: PLANTEI UMA ÁRVORE!

Fecho os olhos…e ao abri-los encontro a meus pés um lápis e umas folhas de papel. Nelas posso escrever mais umas tantas páginas de um livro “O livro da minha Vida”, onde se constatam dramas, novelas, romances, cartas, poemas, projectos. Não está publicado é certo!

A Terceira constatação diz-me: ESCREVI UM LIVRO!

Sorrio e penso - como a vida é curta! Ter filhos, plantar árvores escrever livros.

Seguro firmemente o lápis e rabisco com prazer – estou condenada!

A Quarta constatação digo-a eu: É A VIDA!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Triste circo

Dinheiro não queremos mais, nem mais tempo para pagar!
Foi isto que percebi do primeiro a falar!
Neste falar tão convicto e sem nada de inocente,
Quase que acredito que ele vai salvar a gente.

Nosso primeiro mandante de certeza é dos mais duros
Diz que assim não pagará mais caros os nossos juros!
Com comandantes assim onde os recursos são escassos,
Chegaremos nós ao fim com este tipo de passos?

Diz que são passos de lebre, não são uns passos falhados,
Será que eram precisos para agradar aos mercados?
Mercados do PSI 20, do Dow Jones ou Nasdaq,
Fazem de mim um pedinte aqueles homens do fraque!

Eu queria viver em paz para me afastar da morte,
A coragem não me falta mas falta-me aquela sorte!

Há palhaços neste circo e não faltam malabaristas,
Com o rufar dos tambores chegam os equilibristas!
É um vê-los lá no alto porque querem dar nas vistas
Com os pezinhos de lã são verdadeiros artistas!

Equilibram-se as finanças, cortando-se os salários
Quem assiste bate palmas, mas apenas os otários!
Esfumam-se as esperanças, se um “chegar” haverá!
Mas quem for inteligente fará um novo amanhã!

Será que cai no abismo sem ter rede que o proteja?
Surgirá sempre um “ismo” qualquer que a teoria seja!
Um salvador existirá para proteger o povo
E quando a tenda cair far-se-á um circo novo!

Neste espectáculo triste que nos querem impingir,
Sinto-me um palhaço triste, não me apetece sorrir!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Para ti, Xaile de seda....Amor é Fogo!

Amor é fogo?
É fogo é!
Quando a nossa mente
Dá ordens ao coração
Para se atirar em frente,
Ligando a ignição!
Logo, logo incendeia
Como quando esfrego o amorfo
Na parte chamada lixa!
E quando se aproxima
A chama de um pavio
Num instante se faz luz!
Tal e qual ligar a ficha
Com os fios descarnados
Sente-se logo o arrepio
Pela descarga atingidos
Quando alguém nos seduz!
O fogo tem o seu perigo
E há quem saia queimado
Basta olhar para o umbigo
Esquecendo quem está ao lado!
Fala um carbonizado,
Neste poema de amor.
Tantas vezes fui queimado
Outras tantas incendiado!
Mas sempre tenho aprendido
Que tem muito mais valor
Um Amor algo sofrido
Do que o falsamente vivido
Sem réstia de qualquer chama
E ausência de calor!