Vai-se a luz, não vai sozinha
Vai com ela a simpatia…
A noite que se avizinha
Traz a seu lado, no escuro
A incógnita rebeldia!
Lambem botas os compartes,
Ressurgindo os mostrengos!
No lustro dos disparates
Cometem-se erros tremendos.
Parecem seres protectores
De um rebanho de cordeiros,
Imaginam-se uns senhores
Mas não passam de uns cabreiros!
Guardam rebanhos os pastores
A esses eu não ofendo.
Os cabreiros largam ranhos
Criando um pântano horrendo.
Não esperaria outra coisa,
De cérebros tão pequeninos…
Quem desconhece, não ousa
Dar dicas disparatadas,
Com cheiro nauseabundo
Que de forma intempestiva
Se soltam dos intestinos.
Dizer mais eu já não quero
Pois clamo o meu sossego.
Que adianta ser sincero!
Tratam-me como um borrego
Vêem em mim um manjar
Para a Páscoa apetecível
Mas para me liquidar
Têm que atingir o meu nível…