segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Feliz Natal

A todos os meus amigos e amigas um Feliz Natal e um 2011 que consolide os valores da amizade e da solidariedade...nunca percam a esperança de um Mundo melhor.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Uma lenda…e um poema.

A lenda do PM JS (ex S. Martinho).



Num dia tempestuoso ia JS, irónico PM, alapado no seu BMW, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante e gelada.

JS não vacilou: parou o BMW, poisou a sua mão carinhosamente, como só ele sabe fazer, na do pobre e, em seguida, com o PEC cortou ao meio a sua capa Prada, dando metade ao mendigo.

Apesar de mal agasalhado e de chover torrencialmente, o mendigo continuou o seu caminho, cheio de felicidade.

Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou claro e um sol de Verão inundou a terra de luz e calor.

JS nem hesitou, deu a volta aos Horse Power da viatura e numa correria desenfreada voltou até ao mendigo.

Num abrir e fechar de olhos mandou-o despir-se, pedindo-lhe de volta a meia capa e, como juro da divida, a roupa interior do mesmo.

Incrédulo, o mendigo despiu-se e praguejou:

- “Deixe quem desejaria mudar o mundo primeiro mudar a si mesmo.” (Sócrates)

Diz-se que o Ministério do Ambiente, para que não se apague da memória dos homens o acto de generosidade praticado pelo PM, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra riem-se com o tempo quente e maravilhoso.







Poema para um Amor ferido.



Perdido no tempo.

Iludido no espaço.

Sozinho.

Percorro na noite escura

As profundezas do inconsciente!

Não me revejo na escuridão.

Não me revejo neste odor.

Não me revejo nas ideias que ali foram rejeitadas!

Erros, traições, misturadas com mil perdões.

Empilhadas em fardos emaranhados.

Não, não se agarrem a mim,

Que o Diabo vos carregue,

E vos traga à luz do dia!

Nem quero ouvir que o Diabo sou eu,

Nem quero sentir que o pecado foi meu,

Nem tão pouco saber que o perdão é teu,

Nem sequer quero ver o tempo que se perdeu!

Queria esquecer-te e não consigo…

Tu estás nesta escuridão comigo!

Que será de nós,

Quando daí te tirar,

E comigo te trouxer?

Nesta inconsciência,

Que carrega um Amor ferido!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

5 (CINCO)...

Cinco razões para estar deprimido:
1- A história repete-se de forma cíclica no que tem de mal;
2- Jesus corre sérios riscos de ser novamente crucificado ;
3- Pilatos reencarnado de político está continuamente a lavar as mãos;
4 -Voltamos a ter um alerta Laranja(!);
5-  ...a zero...para aumentar a desgraça!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Secret Story

Ouvi dizer que temos acordo para o orçamento...
Disseram-me que vamos ter TGV...
Diz que outro submarino vem aí...
Dizem-me que há cortes de vencimentos...
Dizem- nos que os juros da divida aumentam...
Ouço dizer que há pensões vitalicias para os políticos...
Ouvi dizer que o Patife viu o seu Pacheco destronado...
Ouvi dizer que o meu segredo é ser hemafrodita...
Ouvi dizer que nos próximos anos ficamos tesos...
O Pinócrates e o Conejo dançam mas não convencem...
O Flopes sabe de política que até chateia...
A economia afinal não é uma ciencia exacta...
O sexo também mata...

FOOOOGGGGGGOOOOO

diz-se tanta coisa!

Este meu país é muito melhor que a casa dos segredos da TV|!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Email – Cobra, Deputado ou Elefante?

Hoje recebi um email onde estava plantada a seguinte anedota:


“Elefante sááááááábio !!!...

Um elefante vê uma cobra pela primeira vez. Muito intrigado pergunta:

- Como é que fazes para te deslocar? Não tens patas!...

- É muito simples - responde a cobra - rastejo, o que me permite avançar.

- Ah... E como é que fazes para te reproduzires? Não tens tomates!...

- É muito simples - responde a cobra já irritada - ponho ovos.

- Ah... E como é que fazes para comer? Não tens mãos nem tromba para levar a comida à boca!...

- Não preciso! Abro a boca assim, bem aberta, e com a minha enorme garganta engulo a minha presa directamente.

- Ah... Ok! Ok! Então, resumindo.... Rastejas, não tens tomates e só tens garganta... És Deputado de que partido?”



Estão a rir…não é verdade?

Garanto-vos que me apetece rir mas dá-me uma profunda tristeza não saber bem o que sou.

Cobra?

Não, porque tenho patas e não sei rastejar. Tenho tomates, de toda a qualidade e feitio, em qualquer lado e a qualquer hora. Verdade que ponho ovos, especialmente dentro do frigorifico depois de os comprar. Tenho mãos para levar a comida à boca e escrever umas palermices no blogue.

Ah! Tromba também tenho para mostrar aos outros quando as coisas me aparecem falseadas ou antes, camufladas para enganar o papalvo. Afianço-vos que tenho ficado variadíssimas vezes de boca aberta, mais que escancarada mas insuficiente para engolir presas.

Deputado?

Não! Não sou nem quero. Diz-se por aí que não têm patas, deslocam-se em todo o meio de transporte muitas das vezes subsidiado pelo Estado, rastejam-se por alguns corredores quando isso lhes convém. Reproduzem-se por votos colocados nas urnas, não sendo relevante a existência de tomates ou não, já que há mulheres com mais tomates que muitos homens (veja-se o meu exemplo). Põem disposições embrionárias que nos tramam no dia a dia, ou seja, ovos contaminados com salmonelas que explicam o emagrecimento a que vamos ficar sujeitos nos próximos tempos. Comem sabe-se lá o quê, já quê nas visitas pelos diversos distritos do país são banqueteados com verdadeiros manjares de fazer inveja aos antigos Romanos. Pois, abrem a boca até ao rabo. Até parece que foram operados ao cérebro e ficaram com ligação ao intestino: quando falam só dizem “Merda” e quando cagam, é só “sentenças”.

Quê?

Elefante! Patas, tomates e tromba!

Não…sou simplesmente Maria, com muitas saudades das minhas amigas, palavra que sou quando me apetece uma maresia à procura da terra do nunca, porque a vida é bela e contada pela história. São…minhas amigas muito mais importantes que todos os rastejantes e paquidermes conhecidos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Caos...

Acabem com a paródia.




Mandem os políticos para casa.

Estão lá para quê? Só para ler o jornal.

Rating… vindo da estranja, tudo comanda!

Daqui para a frente nada será igual.

A pobreza, vai chegar a Portugal.



Quem vos encomendou sermões?

Urubus armados em pavões.

Economistas obcecados por milhões.



Ontem prometiam uma coisa!

Saberiam se a cumpririam?



Num dia, tudo ia bem!

Orgulhava-se o anti - pessimista.

Sorrindo cinicamente enquanto discursava.

Sabia-se apenas que falando,

O desgraçado do povo castigaria!

Socrática e retoricamente lixando!



Estalam-se os dedos de alguns!

Lambendo-te desaforadamente as botas.

Escancaram-se as bocas em gritos de revolta!

Iluminam-se cérebros mentalmente apagados.

Teimosamente, insistem os idiotas.

Orientados por falsos ideais,

Sufocando aqueles que queriam… respirar um pouco mais!



Fujam enquanto podem!

Anormais que nos irritam.

Zarpando pra qualquer lado.

Estilhaçai-vos em mil pedaços

Miseráveis seres desumanos.



Odeio-os a todos!



Calem-se!

Anunciadores da desgraça, que a miséria já me apossa!

Odeio-vos!

Sanguessugas venenosas, que economia é a vossa?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

HOJE...ao acordar!

Hoje, quando acordei eram 10 horas!

Foiu um sono  reparador e calmo pela tranquilidade que o Carlos Martins me transmitiu com aquele golaço.
Curiosamente ou talvez não, sentia-me como um homem...

Olhei para o espelho e lá estava o pêlo na benta a pedir um shaving minucioso...
Mais abaixo, pêlos e mais pêlos, qual urso polar...
Ainda mais abaixo, tudo me era familiar mas...a constatação...ah!, Um homem! A Maria Homem!
Surpreendido? Não!
Perdi foi a esperança de vir a ter sensibilidade feminina que não me canso de apreciar na vizinhança....

Porque será que  acordei assim?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A revolta das Marias

Pensando bem acho que vai chegar a nossa hora.


Lembram-se de Deu-la-Deu Martins? Da Padeira de Aljubarrota? Da Maria da Fonte?

E de todas as marias e não Marias, ou seja, Mulheres ligadas a lutas pela liberdade?

Lembram-se?

Porque esperamos mais?

Já viram que não conseguimos libertar-nos dos caprichos dos machos?

Ele é Poetas Alegres! Ele é Defensores de Mouros e não sei quê! Ele é Aníbal Cavaquista!

Ele é Nandinhos! Ele é Xiquinhos!

E nós? Porque não nos candidatamos?

Que diacho, deixamos que eles nos seduzam, nos levem prá cama, nos façam cair na cantiga do bandido e na esparrela, nos encham a barriga de trabalho, depois é vê-los a partilhar tarefas, eles sujam nós limpámos, eles comem o que nós cozinhamos, eles comem-nos nós parimos…

Fónix…estou cansada!


Vamos dar a volta a esta crise?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vem por aqui ou vai por ali!

Quando a minha querida mãe me “botou” ao mundo estava certamente convicta que a minha missão na terra era a de confortar os carenciados, alumiar os apagados, beijar os maltratados, abraçar os namorados, cantar ao desafio, apagar os iluminados, ser o braço dos mutilados, consolar os amuados, amar os mal amados, acalmar os desesperados, confiar nos desconfiados, desbravar os mais fechados, libertar aprisionados, excitar os acalmados, incitar os mais parados, acalmar os irritados…aprender outros estados, outras formas de sentir, quem sabe um dia parir um mundo melhor que há-de vir!


Minha mãe sabia o que eu desconhecia. Ela foi e eu fiquei pensando que era rainha!

Mas não!

Sou rei!

Quem sabe, talvez um Gay… pois tudo aquilo que sei foi por me ter dado a quem dei!

Caga nisso, vai já dizer quem tem um pensamento Deep! Eu sei – se isso fizer e ao peito puser, as cruzes que hoje carrego, talvez possa dizer à minha mãe: - Esta Maria, tua filha, sabe o caminho que trilha, por isso a vês declamar o poema que trago até aqui: (Cântico Negro - Poemas de Deus e do Diabo- José Régio (Poemas de Deus e do Diabo)

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...


A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?


Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.


Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!


È mesmo assim mãe!


Não vou por aí nem vou por aqui…não sei por onde vou!


Mas sei que chegarei até ti

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Unha encravada e o Joanete

Porque será que quando acontece algo temos que encontrar logo um culpado?


Um conhecido, de longa data, desviou-se para o exterior dos seus eixos, ou seja saiu dos eixos porque o seu amo enfiava-lhe diariamente meias e calçado inadequado.

Em contrapartida, a amiga que morava na sua extremidade queixou-se de estar entalada, porque andaram a tratá-la de forma incorrecta, não só no corte mas também no acumular de sujidade potenciada pelo suor.

Tal como o meu conhecido, sinto-me a sair dos eixos porque me querem enfiar barretes pouco adequados à função.

Se me tratam mal é provável que termine entalado.

Ora, estou a referir-me tão somente ao joanete e à unha encravada…

Quem já experimentou o mal-estar que fuja da primeira pedra.

Eu, dispenso a pedrada que serve no Afeganistão para condenar à morte as mulheres que cometem adultério.

Isto de ser mulher fogosa como eu me sinto e pensar que a coisa pode ficar encravada, sem cometer qualquer tipo de adultério, até me dá vontade de chorar.

Não pelas dores… mas por saber que tudo depende da “intervenção humana”!

Há quem tenha mais sorte e encontre quem lhe calce a bota folgada, assim como lhe apare o jogo e lhe faça a higiene adequada…coisas que muitos se demitem de efectuar.

Depois são os outros que pagam as facturas!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Pano e/ou a Nódoa...

Se é verdade… que no melhor pano cai a nódoa!
O pano sou eu, os outros…as redes sociais, a Net com o nosso querido blogger
O Pano é o meu mundo e o mundo dos outros!
Ser um pano, uma variação de cores e texturas femininas num ser masculino… o pano!
A minha casinha, modéstia à parte, sempre esteve limpa e arrumadinha, pois então, não fosse eu uma Mulher de armas, modéstia à parte. E, modéstia à parte, sendo uma dama de bom trato, nunca me assustaram as quedas de resíduos no pano que preenchia a dita casinha.
Não escondo que me atrapalhavam algumas das coisas que por lá caiam porque, mal as visitas viravam as costas, lá ia eu, prazenteira, modéstia à parte, limpar a dita.
Quem diz a dita, também pode pensar na desdita que são os traumas provocados pelas pequenas manchas.
Ele era vinho e diziam-me que era alegria, ele era azeite e falavam-me em tristeza, ele eram molhos e molhinhos e lágrimas (estas também mancham quando são de dor ou de tristeza). Pensamentos leva-os o vento e por isso eles não manchavam, apenas sujavam o querido paninho…
Até que um belo dia, ou talvez não, talvez um dia de nevoeiro, quem sabe, derramei um liquido, incolor, inodoro e insípido, que me parecia ser isso mesmo, a água e deitei tudo a perder…
O incolor da coisa ganhou mais cores do que o arco-íris, o inodoro tresandou a raiva e o insípido passou de insonso a salgado e repleto de fel…
O que teria feito eu para merecer que no melhor pano, modéstia à parte, caísse a nódoa.
Dizer paciência é resignar-me na certeza da minha sinceridade…a nódoa caiu está caída.
O pano estragou-se está estragado, que querem que faça?
Martirizar-me, só se fosse uma novela! Não vale a pena!
Vou seguir o conselho do JPP “ Ninguém é de Ninguém”
“Conta-me histórias de tempos
A que eu gostaria de voltar
Tenho saudades de momentos
Que nunca mais vou encontrar
A vida talvez sejam só 3 dias
Eu quero andar sempre devagar
Até a ti chegar


Ninguém é de ninguém
Mesmo quando se ama alguém
Ninguém é de ninguém
Quando a vida nos contém
Ninguém é de ninguém
Quando dorme a meu lado
Ninguém é de ninguém


Quando fico acordado vendo-te dormir
Um raio de sol através de um vidro
Faz-me por vezes hesitar
Na vontade de estar contigo
Melodia paira no ar
Paira no ar


Ninguém é de ninguém
Mesmo quando se ama alguém
Ninguém é de ninguém
Quando a vida nos contém
Ninguém é de ninguém
Quando dorme a meu lado
Ninguém é de ninguém
Quando fico acordado vendo-te dormir”

Ora cá está…valorizo o pano na nódoa, a nódoa no pano ou fico com o pano esquecendo a nódoa ou amo a nódoa que me enriquece o pano?
Tolice a minha, quando pensei que o mundo das Mulheres e dos Homens afinal podia ser melhor!
"Para que ter olhos azuis, se a natureza deixa os meus vermelhos?" (Bob Marley)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Transparência e lealdade

Duas características que uma amiga minha atribui como fundamentais para admirar um homem.
Vai daí, fiquei a matutar naquelas palavras.
“Transparente” é aquilo que deixa passar a luz. Na escuridão das nossas vidas e no martírio da falta de luz e naquilo que lá se esconde, falar de transparência é falar de confiança. Ora. Confiar em alguém é ver esse alguém e reconhecer que há nele um lado oculto (que todos temos). O lado oculto é o segredo a que temos direito. Quando partilhamos tal ou tais segredos credibilizamos a transparência. Mas, o que é que os outros observam e assimilam nessa transparência? Como é óbvio o que lhes interessa e os faz sentir confortados. O excesso de luminosidade contraposta à escuridão pode ter o efeito perverso de nos fazer ver mal as coisas e quantas vezes amedrontar-nos por tanta transparência. Daí que a confiança deva respeitar o segredo pessoal. Para que é que outrem precisa de saber tudo sobre mim? A minha relação anterior teve dificuldades que eu não ultrapassei, porquê? Por infidelidade de algum de nós? Por maus tratos? Por falta de maturidade de alguém? Em suma, diria que entendo a transparência como responsabilidade e humildade geradora de confiança mútua.
“leal” a outra palavra que nos leva à lealdade. Lealdade, uma qualidade, sinónima de fidelidade mas muito diferente no prazo que lhe está inerente. Leal por muito tempo, Fiel por quanto tempo? Esta palavra lealdade traz-me a lembrança do dever da mesma, mas será que uma relação não pode permitir uma mudança de opinião? Queiram ou não, ser leal é comungar da mesma opinião de….logo redutora de liberdade individual. Pois, comungamos da mesma opinião! Contudo, o nosso conhecimento e o conhecimento do outro não são imutáveis, pelo que mais uma vez, surge a confiança como a solução para a vida…
Sou confiável? Confio em quem me rodeia? Então sou Responsável, sou Humilde, sou transparente, sou leal e fiel, porque não?
Que diabo, nada acontece por acaso! Até porque “Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida (Provérbio chinês)
Por tudo isto eu sou o que sou e estou como estou…

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Afrontado...

Estou afrontado…
Todos me dizem, quais cavalos pintalgados de zebra, para comer menos.
Porque será que no cérebro, comida e sexo se disputam?
Esta herança de Adão e Eva que se deixaram fotografar nus a comer uma maçã, ainda por cima com bicha…se fosse hoje, os cozinheiros modernos diriam tratar-se de maçã recheada.
Herança que os romanos souberam explorar nas orgias, lambuzando-se enquanto….comiam.
Hoje banaliza-se a vida, come-se tudo e de tudo e daí o afrontamento…e o come menos!
Treta!
Estou afrontado nas ideias e nos ideais, não mete estômago. Digamos que o ditado ter mais olhos que barriga é aplicável, porque como com os olhos(dois) e não como com a boca (uma)…
No entanto, o que como com os olhos afronta-me mais, muito mais e pior ainda, faz-me sentir impotente…e esta coisa afronta-me, numa espécie de insulto pela masculinidade da palavra, num tipo de injúria porque me sinto um fraco, numa inoportunidade que a vida me vai proporcionando e que me obriga a permanecer enxovalhado, não conseguindo encarar de frente o que me aparece, nem enfrentar a angústia de molde a defrontar com determinação o desespero que é a …FOME que vai no mundo!

(PS...esta coisa do dicionário de sinónimos no antónimo da Maria e do Manuel)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vamos de férias...será que volto diferente?

Será que volto diferente?
Será?
Quando penso que sou o vosso Mistake fico triste comigo.

Não quero ser mais Maria, estou revoltada.
Quem vos disse que sou Mulher?

Eu! Apenas eu!
Um engano numa estrada que vai a lado nenhum!
Um estorvo ou escolho que perturba o vosso olhar.
Nunca podias me amar...
Eu! Apenas eu!
O céu é vosso e eu não posso...
Fazer tudo o que eu quero
E em tarde de desespero vos enredo em segredo!
Esqueçam que sou Mulher...
Mas posso ser o que quiser
E sou!
Eu! Apenas eu!
Vou de férias merecidas depois de grande desgaste
Onde constante sofrimento vai gelando o meu alento!
A vida corre lá fora e cá dentro num lamento!
Vou!
Vou de férias!
Eu! Apenas eu!
Só queria ser compreendido, estimado, adorado!
Não sou Mulher, que engano...
Agora que vou embora deste casebre ensombrado,
Nunca mais vou ser Maria
Talvez Maria Manuel...no papel.
Para vós que me estimais
Esquecei a Vossa Maria que vos enganou um dia...
Não sou Mulher nunca mais.


Por isso

Forget about me:

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

That's Why You're Beautiful ... minhas musas da rima!

A rima...a necessidade de rimar porque:

That's Why You're Beautiful ... minhas musas da rima!




Rima….rima, rima com Nina
E esta, rima com menina.
Coisa que eu já sabia
Por ter que sofrer um dia.
Talvez, quem saiba porque “ia”
Vai rimar… com Maresia e esta com fantasia.
Tal e qual o meu portátil,
Que ao mexer-lhe no chip
Origina a rima Deep.
E, se esta é assim,
Como posso eu viver
Sem a minha doce Green.
Green são os seus Eyes e estes rimam demais,
Quando trocamos o olhar
No momento de amar.
Amar assim é inútil,
Quando a vida não é “beautiful”.
Em momentos importantes,
Nada será igual,
Mesmo se em terras distantes
Do meu querido Portugal.
Penso partir um dia,
Isso será coisa boa?
Talvez sinta a Maresia,
Nalgum canto de Lisboa.
Lisboa, Viseu, Gondomar
Que vontade de rimar,
Que eu sinto outra vez,
Até me apetece voar,
Prós lados de Valdevez.
Vá lá, não liguem agora a esta loucura da mão,
Enquanto a pena escreve
Já só penso no Marão.
Marão! Ah Marão!
Que bom sentir tua mão!
Teu sorriso, outra vez.
Triste sina tem a rima
Por não esquecer teu amor,
Em paletes coloridas que semeiam o odor,
E não me curam a ferida, aberta por ser traquina…
E pensar que a minha vida
Só faz sentido com rima.
Rima intensa minha sina,
Não te consigo esquecer… Nina.
Nina, sim, rima, menina,
Ria, dia, fantasia ou Maresia,
Hip-hop ou hip-Deep
Sim, vem até mim, assim…
Minha ternura de Green.
Rimar pode ser cáustico,
Requerer diagnóstico.
Não consigo mais rimar
Sem ser com rima e acróstico.

Agora estou perdido,
Beijos, abraços, flores
Rosas, dálias, manjericos
Íris, cravos ou jasmim.
Todas me fazem sentir
Orgulho no meu jardim.

Amanhã, talvez eu colha,
Flores regadas por mim.
Enquanto o tempo vagueia,
Rumando pra sitio incerto.
Rimando com quem semeia, estrelas aqui tão perto,
Enquanto chegam do deserto
Ilusões de quem aprecia,
Rostos de quem passeia,
Ao ritmo da fantasia.

Então ficaram caladas,
Temendo a minha rima?
Rasgai vossa escuridão
Imaginai-me sem medo.
Gritai com toda a emoção,
Onde está vossa ilusão, onde está vosso segredo?

Escutai das palavras o eco…
Agora que me apaixono
Zelando por todas vós,
Envio palavras loucas
Voando a muitos nós.
Estranha forma de sentir,
Desejo de estar a sós.
Olhando o vosso sorrir

Rimar… é uma forma de estar
E às amigas dedicar o meu desejo de ter
O vosso amor de Mulher.
Sem fraqueza de sentir
O fim que um dia há-de vir.
Na incompreensão da dor
De quem sofre por amor.
Green, Deep, Maresia
Verde, Profundo, é o mar.
Rasgado pela coragem da Nina numa viagem
Que a bom porto há-de chegar,
Mesmo que para isso, tenha muito que esperar,
Quem sabe, talvez sofrendo quem seu amor não merece,
Porque aquele que maltrata,
A gente depressa esquece!
Adeus vos digo por hoje,
Por algum tempo enfim,
Espero que não se esqueçam
Desta flor de um jardim,
Onde me podem colher, com muito amor e mistério.
Se nunca me encontrarem
Visitem-na no cemitério.
Rima dura e crua esta,
De quem amor manifesta.
Minha paixão ainda dura
Porque sempre foi honesta.
Ai homens, porque quereis muitas mulheres amar?
Se não tendes depois…
Forma de as aconchegar!
Ciúmes e mais ciúmes, queixumes e desmentidos.
Perdoo-vos os pecados
Pois sei o que são maridos.
Pudera criar agora, o meu harém feminino
Seríamos mais felizes sem o sexo masculino.
Tudo se completa neste mundo animal
Podia ter eu mais sorte,
Se homem fosse afinal…
Abraços, beijos e amassos
Tudo serve nesta hora.
Não posso perder mais tempo,
Pois espera por mim lá fora, alguém que ainda me adora.

Uma noite Horribilis

Não consegui dormir na última noite.
Depois de ter lido no jornal esta notícia.

USA: pronto il vaccino anti lesbica

O que será que o ser lésbica incomoda ao povo?
Porque não arranjam uma vacina para acabarem com os crimes violentos que cometem sobre nós?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quem não se sente…

Quem não se sente…não é filho de boa gente!
Diz o ditado que assim é e eu crente, acredito.
Já todas se aperceberam que as minhas tendências são um impedimento da relação com os outros. Contudo, o problema não reside na minha pessoa. Reside nelas, nos seus ciúmes e no seu sentido de posse.
“O meu homem” a frase mais balbuciada pelas minhas amigas.
Não esqueço aquilo que fui, possessiva, desconfiada, sempre a pensar na traição que o meu ex fazia a cada esquina, ou em cada conversa com as suas amigas. Não lhe dava uma nesga de terreno e mesmo assim eu não acreditava nele, porquê?
Porque, quando chegava a casa lhe procurava nos bolsos alguma conversa escrita que comprovasse a minha desconfiança. Tinha que o cheirar de alto a baixo para descobrir algum odor de perfume por ter estado com outra ou outras. O telemóvel passava-o a pente fino enquanto estava no duche para ver que contactos tinha. Nos últimos cinco anos o portátil era a meu ver a sua maior amante e eu ciumenta basculhava-lhe o que podia. Quando se atrasava cinco minutos pensava logo que era o tempo suficiente para uma rapidinha na empresa onde trabalhava, imaginava-o a trepar tudo e tudo e tudo!
Daí em diante para mim os homens passaram a ser todos iguais, conversa/sexo e sexo/tá a andar…
Até prova em contrário nunca mais quero nada, sou auto-suficiente, feliz ou talvez não!
Vá lá, digam-me para que quero eu um homem? Para me trair com outra? Para me “fazer” a cama e ficar com os meus bens?
Sinto-me…mal ou bem, que importa? Só sei que quero ir por aqui, até ao encontro final…e, como me sinto, só posso ser filha de boa gente, um casal hetero que me gerou, mas enfim são sortes…

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Balanço…porque não?

A minha presença neste local aparentemente frio e taciturno necessita de um balanço.
Fruto da minha inexperiência nos meios bloguistas, parece que estou de luto.
Parece e estou!
Acabar com o que me era querido fez doer a minha alma.
Também é verdade que percebo pouco destas coisas da Net, não fosse a ajuda de uma amiga do peito e nem sequer por aqui andava.
Não consegui atingir os meus objectivos mas não se perdeu tudo, ganhei quatro amigas. Disseram-me que é costume fazer dedicatórias aos amigos dos blogues com músicas escolhidas por nós, portanto, quero fazer-lhes essa dádiva.
Onde andam as lésbicas que não consigo encontrar?
Quem me contactou até hoje, não se mostrou interessado nas minhas potencialidades.

Greenzinha: para ti,



Até me pareces ser uma pessoa fixe, mas estás com o coração mais assolapado para os Espanhóis. Uma maluca especialista em enigmas…quando lhe apetece.
Querida, de Espanha nem bom vento nem bom casamento. A nossa relação de amizade, não é mais do que isso, uma relação de amizade, com carinhos irreais e sem compromissos. Prometeste-me uma visita e continuo a esperar por ela. Quando quiseres aparece, sou toda tua, sem azedumes nem queixumes…


Nininha: és formidável, não só apareceste ao encontro marcado como me mimaste como só tu o sabes fazer. Ali estivemos os dois sem pressas, viva voz, olhar vivo, dentes doridos mas reluzentes …um sonho de Mulher!
Mas, não passou disso. O que ela tentou convencer-me a reatar a minha relação com o pindérico. Fixa nas ideias, só queres homens. Maluca, é o que és. Ainda não perdi a esperança de te “virar” para o meu lado. Parecíamos duas gralhas, falamos, falamos e actos nada. Duas almas irmãs é o que somos e é o que te volto a dedicar:



Fica prometido que em Setembro nos voltamos a encontrar quando levarmos os pirralhos ao infantário. Sinto que fazíamos um casal perfeito: duas mulheres, dois filhos lindos!


Deepzinha, a minha Toina que não gosta de mim porque sou uma Mulher que lhe faz lembrar a mamã e como andam de candeias às avessas, nada feito, só consegue ver o seu jinhos e coiso e tal…
Ah, Toina…se me foges para o estrangeiro sem me visitar, nem o S. Mateus te salva. És muito Deep (profunda) no teu coração, se assim não fosses não serias o que és.
Para ti:


Foi muito bom encontrar-te e pelo menos ficar com uma amiga, a mais nova das quatro e gostava de te trazer sempre no meu coração. És uma maluca e a tua Toinice marcou-me e de que maneira.

Maresia; minha chorona. Então isso faz-se? Chegas, abraças-me e começas logo a chorar? És outra maluca que me apareceu, sempre à procura da terra de ninguém ou do nunca e comigo nos teus braços. Para ti:



Não te recrimines, vais encontrar quem tu queres, os pássaros do sul e a Mafaldinha enchem-te as medidas, não é?
Pára de lacrimejar que ninguém te obriga a ficar com o teu actual amor. Sei que o teu amor é outro, se tivesses seguido os conselhos do papá estarias hoje bem melhor. Sei do que falo, arrebita que o pirralho que tens em casa tem quem cuide dele. O quê? Já choras outra vez? Vai trabalhar maluca e quando quiseres tens sempre dois braços à tua espera e os ombros da tua amiga Maria.

Ponto final, este é o balanço.

Para as minhas quatro malucas vai toda a dedicação desta lésbica que vos adora:

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Abatida...

Não há condições...
Vou suicidar-me, atiro-me a elas e elas nada.
Atiro-me a eles e só querem sexo!
Só posso estar abatida, sem mimos sem carinho!
Portanto, só me resta atirar-me da ponte abaixo.
Depois vem o meu nome no jornal e o titulo "Coitadinha, morreu de amores, ou quem sabe, por amores não correspondidos"
As mulheres de agora sofrem muito por causa dos homens é o que se diz por aí...eu morro de amores por ti, minha pétala perfumada de uma Rosa que não vi!
Lésbica até ao fim é o que me resta e mais nada...
Podem ser todos contra mim, mas e depois?
Morro por ti em ti e nada mais de ti Mulher!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Pôr a tendência de lado...Como assim?

Ser simplesmente Maria é ser Mulher.
Muitos pensam que ser Mulher é fácil.
Que basta ter um homem que nos aconchegue, que procriemos, que nos desgastemos com os filhos, dando-lhes a mama, mudando-lhes as fraldas, levando-os às consultas de rotina e de urgência, que os ajudemos nos TPC, que falemos com um ou outro Prof. ressabiado, que tratemos das lides da casa. E ainda, que assumamos um dia o papel de sogras, a espécie que normalmente até nem desgosta dos genros mas que assume quase sempre o papel odioso na relação com as noras.
Quer isto dizer, mulheres entendem-se bem com os homens e estes com eles, mas as mulheres olham quase sempre de canto umas para as outras, com ciumeiras pegadas, umas vezes porque o seu macho é fabuloso outras porque a vizinha arranjou um machão, sabe-se lá como, aquela galdéria que não tem onde cair morta e não vejo o que tem de mais surpreendente para atrair os garranos.
Enfim Mulheres, é assim que somos e não há volta a dar-nos.
Frequentemente desiludidas, deprimimos com facilidade e descarregamos nos outros todos os amargos de boca.
Vai daí, uma das minhas apreciadoras, cognominada Nina, pelo que vejo, leitora assídua do meu antro pecaminoso (sim, porque a tendência é assumidamente homossexual) propõe no seu comentário que eu assuma o meu papel, tal como sou e ponha a tendência de lado.
Agarrada à minha almofada e sentindo o respirar da minha travesseira, comecei a pensar que a mesma pode ter razão, afinal ser mulher dói e faz doer, porque parece que nem seguidoras consigo.
Se assumir um papel dominador, isto é, um papel de Mulher máscula, talvez apareça alguém que me compreenda. Provavelmente vou ser acusada de bloguismo travestido. Até que pode ser engraçado, porque não?
Mas, saberá a mesma como sou? Para dizer a verdade, uma mulher macho não deve ser difícil de assumir, falta-me é o pêlo na benta para dar um ar mais cool. Ah! E pêlo no peito ainda vai ser mais difícil de conseguir (ainda bem que o frete de barbear é mesmo uma coisa só para homens, que gracinha tinha o meu ex marido a fazer carrancas virado para o espelho, levantando o pescoço. E quando aparava o bigodinho, ou antes a amostra que deixava, bem por baixo das narinas? Servia-lhe para apanhar as ranhetas quando se constipava, ou ficar com os aromas daquilo que comia em casa ou fora dela. (Não escondo, que quando o mandei de frosques a única saudade que me deixou foi a do bigodito, pelo exacerbar das minhas sensibilidades femininas quando nos enroscávamos). Que se lixe, hei-de encontrar substituto/a porque não? Já estou por tudo!

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Tampa

É a sina da minha vida, levar tampas.
Na última crónica levei uma tampa de todo o tamanho. Uma leitora cibernauta afirma a pés juntos que não quer nada com mulheres porque é muito hetero.
Só posso ficar resignada e partir para novas procuras.
Há uma coisa que não compreendo de todo, ou então a net não funciona comigo. Constantemente ouço dizer que por estes lados se desfazem casamentos e se arranjam affaires de ocasião, por vezes ligações para toda a vida.
A minha vizinha pôs o marido na alheta porque o desgraçado só olhava para o teclado do computador e arranjou umas amizades suspeitas.
Vim até aqui porque preciso de encontrar companhia, tento a minha sorte porque não?
Verifico que não tenho seguidoras e começo em pouco tempo a ficar cansada de olhar para o túnel e não ver a luz a aparecer.
Quando digo seguidoras, é mesmo isso que eu quero, não quero homens para nada…tive um por algum tempo e cansei-me da espécie. Sinto que a feminilidade junta pode transformar a hipocrisia da vida num paraíso de amor e carinho.
Quantas tampas vou levar mais?
Não estou na disposição de perder tempo por estes lados, se não tiver sorte, vou arriscar para outros meios, quem sabe um anúncio num classificado de um jornal diário.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Inclinação

A torre de Pisa tem uma inclinação há muitos anos e ainda não caiu.
Comigo as coisas têm sido bem diferentes. Na adolescência tive uma grande inclinação pelo sexo masculino. A procura de alguém que me mimasse, que me ouvisse, que me compreendesse, ou seja, o sonho de qualquer mulher.
Desilusão atrás de desilusão, o constatar da chusma de oportunistas que apenas pensam em sexo, a ausência de carinho, a ausência de um companheiro para os momentos difíceis da vida, o tédio provocado pelos amigos que ele trazia lá a casa, sempre a pensar em copos, em jogo e em orgias onde cada um pertence a todos e a ninguém.
Tudo isto acabou com a minha inclinação.
Transformei-me numa mulher a pensar em mim, mas muito mais egoísta.
Eis que me deparo agora com uma inclinação frágil, por vezes assustadora, pelo desconhecido, pelo medo de falhar: - estou inclinada para as pessoas do sexo feminino, à espera de carinho e de alguém que me compreenda!
Não é que comecei a pensar e a sentir que não preciso de homens para nada.
Será que esta inclinação é sólida ou estarei perante mais um trambolhão na vida?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ronaldo, é o meu filho.

É o nome do meu filho.
Logo, sou a mãe do Ronaldo Junior, o que significa que tive a infeliz ideia de ir ao tapete com o dito.
Barriga de aluguer, alguém tem alguma coisa contra?
Fiquei sem filho mas com conta bancária, por agora!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nós as Marias

As Marias sempre foram livres, por vezes complicam e de que maneira.
Assim sou eu, simplesmente Maria, para fazer amigos e enfim, compreender o ser humano em todas as dimensões, porque não?
Ser Maria é ser mãe e quantas vezes substituir o pai, por isso me revejo nas crónicas de outros tantos blogues que leio.
Assim somos nós Marias.