quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Nada!

Quando se quer e não se tem o que se faz?


Nada!

Quando se faz o que não sequer, o que se faz?

Nada!

Quando se faz o que se quer mas não vale nada, o que se faz?

Nada!

Quando se desfaz, o que se faz?

Nada!

Quando se refaz o que se desfaz, o que se faz?

Nada!

Quando se é capaz de ser incapaz, o que se faz?

Nada?

Quando se é incapaz de ser capaz, o que se faz?

Nada?

Apre! Quem bem nada, não se afoga se for capaz de nadar e incapaz de se afogar.





(verdade que ando afogado de tanta capacidade de incapazes que são capazes de nos afogar mesmo quando fazemos o que podemos para que não nos afoguem, mas não vale de …NADA!)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ei!

Hoje, muita gente fala de si… diz e escreve o que lhe apetece, ou talvez não!


Falar de si é um risco…inventam-se mentiras e descobrem-se segredos.

Decido então falar um pouco para mim, sim para mim, porque de mim, sobre mim e por mim outros se deleitam a divagar.

Que tola e parva que sou.
Só penso em tapar buracos.
Não sei para onde vou
Tenho as ideias em cacos.

Percebo porque o jardim
Tem tantas flores bonitas,
Os buracos estão abertos
É só plantar as ditas.

O Gaspar é um felizardo
Nem precisa de cavar
Só tem que carregar o fardo
Dos impostos aumentar.

Neste recanto da Europa
Onde ainda resistimos
É um ver passar a “tropa”
Que nos traça os destinos.

Isto é muito curioso
Saber que todos sabemos.
que ninguém sabe de nada
e nós é que nos f***mos.

Vai ser o passo seguinte
Baixar a TSU
E com todo o requinte
Levo eu e levas tu!

Compassos estão prá musica
Comportas para as barragens
Para o povo a larica
E nas SCUT as portagens!

Num corpinho à maneira
Toda a roupa me cai bem
Que se lixe a madeira
E os buracos que tem.

Não quero escrever mais
Não quero continuar triste,
Vou dar um passeio pelo cais
E esperar por tiiiii…Ouviste?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Miragem

O corpo outrora quente, lentamente vai gelando.



A alma, debruçada na janela do meu corpo moribundo,
Aprende uns passos de dança p’ra dançar no outro mundo!


O corpo outrora excitado, vai ficando relaxado.


Não quero despertar desta imensa letargia,
Não quero assassinar aquilo que eu mais queria!


O corpo outrora imenso, vai deixando um cheiro intenso!


Gritaria se sentisse a riqueza do amanhã,
Germinando outra vida, mais clara e mais sã!


O corpo outrora meu, passou agora a ser seu!


Esperam vocês o quê? Surpresas?
Enganados, vós andais, nas vossas ideias presas!


O corpo agora seu, jamais será igual ao meu!


Lembras-te de mim e choras,
Lutas contra as demoras!


O corpo agora teu, apenas te lembra um “eu”!


A dor corrói-nos o corpo...mas desperta a “alma”
A experiência da “morte” dói, mesmo sendo uma miragem!