Um Blogue,como muitos outros. "Tudo o que somos incapazes de dar nos possui" (André Gide)
terça-feira, 14 de novembro de 2023
#Trinca espinhas
"Trinca espinhas"
Assim me chamaste um dia
Bem ouvi
E pensei que sim
Que pra ti era uma simples fantasia
Mas...há um facto
Ouvi de ti
Cresci pra ti
E sem pressas
Num "confia em mim"
Onde não há palavras em demasia
E alheado de uma vulgaridade
Que sempre são as entrelinhas
Sorrio aqui e agora
Porque sim
Já que és tudo pra mim
E eu...
Sou o teu "trinca espinhas"
(Aníbal Panza-Outubro.2023)
#F&F
Sei que sou exagerado
Quando assim me aprecio
Mas com o chegar da chuva
Neste Outubro acalorado
Acho que estou bronzeado
Com um dos tons da tinta uva
Sei no entanto que a cor
Rapidamente se esvai
Com ela vão-se os calções
E as t-shirts sem valor
Que bem assentam num corpo
Em intrínsecas condições
Ainda que me chamem vaidoso
Nas poses e nas palavras
Por falar de papo cheio
Estou grato a um ser generoso
Que com toda a sapiência
Me pôs assim forte e feio!
(Aníbal Panza-Outubro.2023)
#talvez
Talvez os dias passem depressa demais
Talvez por vezes pareçam iguais
Intermináveis às vezes
Inigualáveis outras tantas
Incomparáveis?
Talvez nunca!
E é tão certo este Talvez
Que nos faz correr na vida
Talvez quem sabe
Curando toda e qualquer ferida
Com a mente enriquecida
Pois todo o tempo vivido
Talvez não seja perdido
Antes sentido
E cantado
No fado que a gente fez
Com alma
Com saudade
Com paixao
Quem sabe...
Com...
Talvez!
(Aníbal Panza-Outubro.2023)
#MVA33
M.uito rapidamente o tempo passa
A.rrastando com ele as nossas vidas
R.epletas de memórias pra contar
C.onstruidas com princípio, meio e fim
I.ncompletas algumas de não vividas
À. boleia do nosso constante respirar
V.amos assim escrevendo páginas
I.ncrustadas de ímpares momentos
A.lheados dos viperinos argumentos
N.arrados em contexto de novela
A.rrancando do nosso riso as lágrimas
A. palavra chave é e será sempre "hoje"
L.evemo-lo connosco serenamente
V.erás assim que o amanhã estará lá
E.scrito paulatina e incondicionalmente
S.eguro num coração que o aloje!
(Anibal Panza.Outubro 2023)
#Níbel
Eu sei amigo que a vida
Muitas surpresas nos reserva
E pela cantiga que é ouvida
Há algo que sempre se conserva
Até as coisas mais básicas
Se misturam no cursar da harmonia
E quando a melodia é clássica
Seguimos ao ritmo da fantasia
Sem medos um "beija-me rápido"
No pode ser "agora ou nunca"
Então! Vá lá "não sejas cruel"
"somente você" faz de mim atrevido
Mas, "quem é você? Quem sou eu?"
Isso "dá-me o direito" de ser Níbel!
(Aníbal Panza- Setembro 2023)
#luta
Não é fácil esta luta no final
Entre o segundo rei de Portugal
Também dos Algarves denominado
E para a qual agora fui chamado
Ouve lá D. Sancho larga a espada
Porque ela já não te vale de nada
Eu sei que por aí foste o primeiro
Mas nunca como eu aventureiro
E hoje, livremente apenas digo
Que a princesa que aí guardaste
No ponto mais oculto do Castelo
Está a fotografar-me contigo
Exaltando com mestria o contraste
Que provoca alguma dor de cotovelo!
(Aníbal Panza- Setembro. 2023)
#falésia
Meu Deus que será que vi em ti
Falésia na natureza...
Um bater que bem senti
No meu conceito de beleza
Não passas despercebida
Pois vejo em ti um coração...
E de uma forma atrevida
Contorno-te com a minha mão
Sendo falésia és um perigo
Que pode desmoronar
Na incerteza dos dias
Se caíres caio contigo
E ficarei a relembrar
Todas as nossas peripécias!
(Aníbal Panza- Setembro 2023)
#aquieagora
Junto daquela porta por ti esperei
Chegaste como sempre encantadora
Mais coisa ou menos coisa, nem eu sei
Porque para o coração não há demora
Entramos e observamos o espaço
Onde cada um usufrui do seu sossego
E os olhares alheios não são embaraço
Para o nosso natural e sincero apego
Entregues às delícias de um prazer
Ao qual pelo tempo nos entendemos
Demos sentido a um "aqui e agora"
Porque a vida passa por nós a correr
E com ela vai tudo aquilo que fazemos
Por isso disfrutemos dela sem demora!
(Aníbal Panza - Agosto.2023)
#Sra d'Agonia
Calcorreando nós fomos
Viana do Castelo cidade
Mostrando aquilo que somos
Entre o sonho e a realidade
Deste-me a mão com paixão
Resguardada do alvoroço
Chegaste ao meu coração
Agarrei-me ao teu pescoço
Fizeste me o vira dançar
Aí fiquei quase sem jeito
O meu corpo pelo teu a suspirar
No aconchego do teu peito
Colorimos assim a amizade
Num trajar livre e airoso
Fazendo da cumplicidade
O nosso bem mais precioso
E se o sonho é a fantasia
Onde a nossa realidade mora
Com a bênção da Sra d'Agonia
Seguimos juntos pela vida fora
(Aníbal Panza - Agosto.2023)
#SraD'Agonia
Ainda que o tempo traga
Com ele alguma melancolia
Há momentos e locais
De uma imensa fantasia
É o que em Viana acontece
Para quem chega e se entrega
Apaixonadamente à folia
E, no mundo das emoções
Que é o dia de romaria
Há uma palavra sentida
Ao pés da Sra d'Agonia
"AMOR" que ao unir corações
Não dá lugar à monotonia
Dando todo o sentido à vida!
(Aníbal Panza. Agosto.2023)
#33
Feliz aniversário 🥂🎂 🍀🍀
Parabéns 🍾
Como o nosso tempo voa
Quase que nem o vês
E apesar de alguma névoa
Chegaste até aos 33
Seria bom se estivéssemos
De problemas isentos
Mas várias direcções nós temos
Repara na rosa dos ventos
Foram-se os tempos passados
Mas o presente aqui está
Não fiquemos apressados
No que será o amanhã!
(Aníbal Panza -10.08.2023)
#Até já
Porque me apetece fazer
Um pouco de férias às férias
Deixo-me portanto de lérias
No que ia dizendo a escrever
Num sopro, logo se vão peripécias
E o tempo, da memória se encarrega
Fossemos nós em vida Adão e Eva
Perpetuadas seriam nossas essências
Contudo, importante é o momento
Que em vida vamos vivendo
Sem conhecermos o amanhã
Deste modo e sem lamento
Vamos andando e vendo
Num misterioso "até já"!
(Aníbal Panza - Agosto.2023)
#Sobremesa
Sobre o balcão se esboça
Um copo cheio e um prato
E todo o stresse em aguarela.
Dentro daquele, uma fatia
Escolhida com sabedoria
Com direito a um suspiro
De aconchegante Nutella
No copo, uma selecção
Para maiores de idade
Numa mistura da verdade
Ligeiramente etilizada
Ficando para os menores
O sabor de uma tónica
Com cubos de água gelada
E é nesta sobremesa
Fofa, doce e com crocante
Ardente, alimada e refrescante
Que se entendem os pintores
No romanceado registo
De uma vida desenhada
Com pormenor deslumbrante
(Aníbal Panza - Agosto.2023)
#eclético
Depois de um giro e na esplanada sentado
Com extenso cardápio no papel elaborado
Atraí-me pelos aprumados carapauzinhos
E seduzi-me pelas sardinhas cheirosinhas
Mas importante é o meu apetite aguçado
Pois com ele vai cabeça, espinha e rabo
Ainda que no contraditório haja a intriga
E sobre certa pesca do tamanho se diga
Que no exemplo da mulher e da sardinha
A mais saborosa será a mais pequenina
Tudo isto em sentido unicamente poético
Pois sou verdadeiramente um ser eclético
Nesta sequência de naturais e puras ideias
Poderá haver quem conteste as analogias
Ou meus gostos de certo companheirismo
Mas todo o meu simples e livre ecleticismo
É sempre a escolha de melhores proveitos
Longe de estilos, marcas ou preconceitos!
(Aníbal Panza- Agosto.2023)
#Manequim
Por momentos pensei
Que íamos ter casamento
Pelos convidados à porta
Alguns com roupa bordada
Outros que nem eu sei
Aguardei a tua chegada
Pareceu-me uma eternidade
Qual noivo à porta da igreja
Nervosamente à espera
De uma noiva engalanada
E qual não foi o meu espanto
Parecia a primeira vez
Deparar com alguém ali em frente
Sem braços, pés nem cabeça
Nem sequer vestido branco
Não me venham com cantigas
Dizer que o meu tempo passou
E que apenas me resta o que sobrou
Passear,comer e comer, beber uns copos
Fazer conversa fiada com as amigas
Que me importa expor assim, enfim
A encenação ficcional deste quadro
Semelhante a uma passagem de modelos
Porque despida és de longe mais perfeita
Do que este bem vestido Manequim.
(Aníbal Panza- Agosto.2023)
#Pastéis
Se é a falar que a gente se entende
E depressa e bem há pouco quem
Também o que é doce não amarga
Portanto fui dar uma voltinha por Belém
Dizem que açorda faz a mulher gorda
E que gato com luvas não caça rato
Espero que o cão ao ladrar não morda
Já que cacei quatro Pastéis no prato
Os olhos comem mais do que à boca vai
E o comer e o coçar são o começo da asneira
Porém se quem escorrega também cai
Após o café, que bem me caiu o Madeira!
(Aníbal Panza - Julho.2023)
#linhas
Na nossa viagem pelos caminhos da vida
Pausas há que nos são à força impostas
E mesmo com a agenda toda preenchida
A bagagem carregamos logo às costas
Sabendo apenas onde será dada a partida
Emoldurada com incógnitas respostas
Basta assinar o consentimento fornecido
Traçado fica o rumo para o desconhecido
Sem para trás olhar nós assim vamos
Nas mãos de uma tripulação entregues
Despertos e sem sabermos onde estamos
O pensamento só diz "Tu consegues"
Nessa experiência em que acreditamos
Damos o peito a inúmeras intempéries
Convertendo a revolta no aceitar paciente
E a vulnerabilidade numa atitude resiliente
O mundo exterior segue as coloridas linhas
Quantas vezes cabisbaixo e inconformado
Perdendo-se na leitura das entrelinhas
Mas deixando o viajante reconfortado
Com mensagens de corajosas palavrinhas
Perdidas na angústia do viajar aprisionado
Que termina no acender de luzes da ribalta
E o sair à cena da documentação de alta.
(Aníbal Panza - Julho.2023)
#Bodybalance
Equilibrado e à tua nudez rendido
Apoio-me em ti sem nada dizer
E sinto-me tão bem compreendido
Pelo poder que é fazer acontecer
Talvez te sintas algo intimidada
Pelo meu olhar-te tão exploratório
Que penetra na tua alma apaixonada
Sem qualquer sinal recriminatório
Queres-me tal como tu, assim despida
Talvez competindo com Eros e Afrodite
Numa versão bem mais comedida
De uma história onde há mútuo deleite.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#Estátua
Na verdura de um jardim
Alguém reparou em mim
Sou uma estátua ou pareço
Ou será que isso mereço
Firme sobre os rochedos
Telemóvel entre os dedos
Com a pasta a tiracolo
E um boné a cobrir-me o miolo
Nunca assim vi uma estátua
Que em vida se perpetua
Melhor desistir de tal ideia
E dar valor a tudo o que me rodeia.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#Se bem me lembro
Achavas que me esquecia
Do dia em em que te conheci?
Se bem me lembro nesse dia
Na ternura de um abraço... revivi
Se bem me lembro também
Palavras foram trocadas
Que voando chegaram mais além
Derrotando calúnias assacadas
Serenos assim ficamos
Num verdadeiro assombro
E na paixão nos deliciamos
Para sempre ... eu bem me lembro!
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#Pombinhos
Entre o aquém e o além Tejo
Há sítios inesquecíveis
E entre o fazer e o desejo
Há prazeres indescritíveis
No dia a dia a canseira
Em que nos Dama me revejo
É estar livremente à tua beira
E descansar-te com um beijo
É o momento de sossego
De uma vida com saltinhos
É o tempo do aconchego
Tal e qual o dos pombinhos.
(Aníbal Panza - Julho.2023)
#Flor
Nos canteiros crescem inúmeras plantas
Que harmoniosamente se encaixam
Em jardins geometricamente floridos
Estimulando em nós vários sentidos
E há flores que nos despertam por inteiro
Pelas cores, formas, tamanhos e cheiro.
E num reino vegetal que ornamentando vai
Estruturas geradas e criadas pelo Homem
Numa fecundação natural e sem temores
Enalteço a perfeição das amorosas flores
Que no vaso se mostram firmemente de pé
Pelo que só me resta tirar-lhes o meu boné.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#Doces
Pelo calor afogueados
Que nos derreteu sem dó
Ficamos mais reconfortados
Com o cheiro ao pão de ló
À nossa volta só Doces
Docinhos e amanteigados
Na cabeça parvoíces
E desejos embargados
Mas se os que aos Doces resistem
Armados em agnósticos
Quando á vista lhes saltam
É porque se pensam existem
E em percursos enigmáticos
Outros manjares não lhes faltam.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#Encontro
O tempo sempre vai dando
Momentos algo diferentes
Por isso de vez em quando
Há lugar para os parentes
E num simples encontro
Com um ameno diálogo
Ficamos logo por dentro
Das novidades do burgo
Pelo país rápida se faz a viagem
De lés a lés e através
Do corpo aborda-se a imagem
Da cabeça até à ponta dos pés!
(Aníbal Panza - Julho.2023)
#Sonhador
Não faltam no mundo pensadores
Com pés assentes na terra
E muitos mais os sonhadores
Aos quais nem a cabeça na lua aterra
Claro que ao pensar e sonhar
Alargando um sem fim de horizontes
Procuro afastar de mim o definhar
E concebo ideias deslumbrantes
Quais são? Isso queriam vocês saber
Mas um conselho vos deixo
Do mundo dos sonhadores
Façam o que puderem fazer
Nem que seja tão só saltar ao eixo
Ou caminhar sobre tapetes de flores.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#Pessoa
Sentado aqui e sem óculos
No terreiro que é de Lisboa
Vou digerindo uns vocábulos
Num preferido café de Pessoa
Sem perder tempo na prosa
Dou asas ao voar da poesia
Fica a palavra bem cheirosa
Com laivos de alguma fantasia
No entendimento dos seres
É aqui que o amor fica perfeito
Trocam-se olhares sem pudores
E sem qualquer tipo de despeito !
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#oterreiro
Já de volta ao terreiro
Com a mente arejada
Imagino o rei D José I
Numa real cavalgada
Na história de vida hostil
E o acontecimento remoto
Quem sabe se o Gentil
Resistirá a um terramoto
Se o futuro a Deus pertence
Na infinita dimensão de Ser Espiritual
Deixemos que o tempo avance
Nele está a incógnita do bem ou mal.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#alucinação
Alguma coisa aconteceu
No cantinho da pestana
Acho que o corpo estremeceu
Atraído pelo da Maria Joana
Foi estranha a sensação
Dar-lhe um simples beijo
Taquicardia e alucinação
Abrem a porta ao desejo
Certo é que afinal tudo se acaba
Naquela cena proporcionada
Em tempos de aprendizagem
O copo!? Esse ficou sem nada
A sede!? Essa não foi saciada
E o melhor!? É mesmo seguir viagem!
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#padrõesdescobertos
Ai o mundo da doçura
Onde a gente se aventura
Descobrem-se mil padrões
Na junção dos corações
Ao subir a temperatura
Com tanta e tanta ternura
O corpo entra em fusão
Tipo a lava de um vulcão
E consoante o tempo passa
Cada corpo mais se enlaça
Com padrões na medida certa
Numa permanente descoberta.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#Coração
Sabia que andavas por aqui
A adoçar o meu caminho
Sabes bem o quanto gosto de ti
Não fosses tu o meu docinho
Ai coração como encaixas
Numa combinação perfeita
Da confecção não há queixas
Só se aprimorou a receita
Ficam em êxtase os palatos
Pelo sensorial das texturas
Que se não formos sensatos
Rebentamos pelas costuras!
(Aníbal Panza - Julho.2023)
#mistério
Há tanto mistério a pairar
No reino do pensamento
Que fico de cabeça no ar
A desfrutar do momento
E o mistério ao desfazer-se
Dá cor ao que nos rodeia
Para uns há o abster-se
Para outros barriga cheia
A cada passo que é dado
Meu tempo não desperdiço
Porque se ficar acomodado
Não faço o melhor serviço!
(Aníbal Panza - Julho.2023)
#descoberta
Assente num conceito pressuposto
Observei no imenso espelho de água
O reflexo do meu ovalizado rosto
Onde vi imperfeições sem mágoa
Por momentos virei costas ao padrão
Sem vergonha ou receio do Infante
Na caravela seguem os que lá estão
Vão de vela numa história impressionante
Contudo, se o que se vê está à vista
Ou exposto a bordo da embarcação
Deixando por aí alguma boca aberta
Vou partir desde já para a conquista
Energizado pelo bater do coração!
Hum! Será que fiz alguma descoberta?
(Aníbal Panza - Julho.2023)
#a praça
Ruas e avenidas que confluem aqui
Numa praça pensada e desenhada
Quem sabe se para te encontrar a ti
Que me acompanhas a troco de nada
Perscruto tudo o que me rodeia
No sentido dos ponteiros do relógio
E os pontos cardeais são uma teia
Na qual se cruzam refúgio e sortilégio
E neste ambiente de uma livre viagem
Há quem me iguale numa fantasia
Que é o alimento do nosso imaginário
Entre a apreensão e o sorriso selvagem
Nunca haverá obstáculos em demasia
Lealdade e amizade são o simples cenário.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#avenida
Já na Avenida e sem embaraços
Dou agora os primeiros passos
Na quentura de uma manhã calma
E ao respirar sinto gratidão na alma
Ainda que alguma pedra ouriçada
Me queira importunar na calçada
Haverá alguém que me dê a mão
E não me deixe estatelar no chão
Não sei o que me espera ao certo
De uma vida para a qual me encerto
Apenas sei que viver um sonho
Não é desgastante nem enfadonho.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#ascensor
Tapetes, escadas que importam
Se também está ali um ascensor
E as pernas que me suportam
A este momento sabem dar valor
Longo se prevê ser o caminho
Num percurso algo delineado
E subir e descer devagarinho
É tão só a ínfima parte do traçado
Fossem assim os altos e baixos da vida
E abrir as portas dependesse apenas
De um simples carregar num botão
Talvez não fosse a mesma tão dorida
E por entre campos de açucenas
Viajasse calmo o renascido coração.
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#estação
Estar aqui nesta estação
É dar à vida um sentido
Deixando que o coração
Se atreva no desconhecido.
Não falta a plataforma
Seja de um ou outro lado
Onde esperar é a norma
Para um percurso carrilado
Depois! Ora bem, há a esperança
Subindo as escadas rolantes
Na viagem ao encontro do futuro
E é assim nesta andança
Onde nada será como dantes
Que por certo eu me aventuro!
(Aníbal Panza- Julho.2023)
#sersocial
Ontem, ou terá sido antes?
Parece-me que foi ontem
Onde tudo começou do zero
Numa procura singela
Como quem abre a janela
E vê que a natureza se enfeita
De paisagens verdejantes
Onde o pensamento se afoita
Mas o hoje, já não é o ontem!
O verdejante tem uma miscelânea
De outras cores que o pintalgam
Por certo algumas preocupantes
Mas ainda mais desafiantes
E o espaço da janela é um estreito
Onde o pensamento converge
E se sente preso num oito!
Então, o mais certo é que o oito
É hoje, no esvoaçar do momento
Até ao misterioso infinito
Garantindo que a abertura da janela
Ficará permanentemente aberta
"Com defeitos" dirá alguém afinal!
Já que á individualidade humana
Não é alheio o comportamento social!
(Aníbal Panza. 04.05.2023)
#Dia do beijo
Escrevo com destemor
Que no sentir há todo um ver
E na verdade me faz crer
Na tal cegueira do amor.
Pois que, de olhos fechados
Há um emanar de calor
De corpos que desfalecem
Na livre entrega embrenhados.
Nesse bem estar me revejo
Sempre que a doçura dos lábios
Se confunde com o aroma do licor
Na cumplicidade de um beijo!
(Aníbal Panza, 13.04.2023)
#Páscoa
Entre a tradição e a memória
Se constrói a nossa história
E o que vós não sonhais nem sabeis
É que há uma história de Reis!
Se Reis pai um dia a começou
Reis filho assim a continuou
Por isso há, quem junto a vulgar parede
Nos venha matar a copiosa sede!
Perante este memorizado cenário
Podia dizer: "amigos, são servidos?"
Contudo, primeiro digo "obrigado!"
E, com copos de álcool discricionário
Já em Paris, tenho os sentidos aturdidos...
Queriam beber? Vão ao bar ali ao lado!
(Aníbal Panza, 09.04.23)
#GERAÇÕES
Entre os pontos de partida
E os pontos de chegada
Há sempre a história de vida
Que não está programada
Uns à frente, outros atrás
Sem isenção de percalços
Cada um deixa para trás
O fruto dos seus esforços
Se do muito que é feito
Chegam as felicitações
É porque há algo perfeito
Ao estruturar gerações!
(Aníbal Panza - 28.03.2023)
#Dia da poesia
Ai Poetas!
A poesia é certo e sabido que nunca morre
Pois tem vida intemporal e eternamente infinita
Ai Poetas!
A poesia ainda que alguém ignóbilmente até em sonhos a liquide
Garantidamente está que na morte sempre ressuscita
Ai Poetas!
A poesia é simplesmente o universo
Onde desmedidamente na palavra tu pontuas!
Ai Poetas!
A poesia está no controverso de cada verso
Que ao encobrir se descobre mesmo nas coisas desnudas!
Ai Poetas!
Seduzido por uns olhos cor de azeitona
Que brilhando vão no doce contorno da penumbra
Ai Poetas!
Qual penumbra gerada pelos cabelos sedosos no seu rosto
Que num selvagem ondular me arrepia e deslumbra
Ai Poetas!
Sem perder do presente e neste um único instante
Rapidamente na exploradora e incógnita viagem embarco
Ai Poetas!
Já embarcado num desafio arrojadamente constante
Nas maravilhosas curvas do seu corpo deliciosamente me perco.
Ai Poetas!
Se não fosse assim o descrever dos seres na poesia
Ao usar as figuras de linguagem existentes
Ai poetas!
Sim poetas, digam-me agora o que seria
Das galáxias distantes e morfologicamente diferentes!
(Aníbal Panza. 21.03.2023)
#PAIS
Perguntei ao tempo pela felicidade
Para entender alguns sinais
Perfeita foi a resposta de verdade!
"Procura...está nas interações geracionais".
Ingénuos seríamos se na vida
Ignorassemos o que são os valores sociais
Implícita está a apropriação das crenças
Pois a infância tem como fonte os seus Pais.
(Aníbal Panza.19.03.2023)
#viagem
Acreditar? Acredito!
Há coisas que ainda não sei!
Mas, certo e absoluto
É que até aqui... Hoje cheguei!
Sobressaltos não faltaram
Num descontrolo infernal
Se deram alguns pró torto
Outros houve... Com um toque divinal!
E a dúvida?
Essa sempre permanece
Até onde irei e o que vier que venha
Bom ou mau...Certo é que um dia aparece!
Saber viver é amar
O que está à nossa mão
Saiba eu nos entretantos
Desfrutar tudo o que alegra o coração!
(Aníbal Panza, 06.03.2023)
#S.Valentim
Deparei-me ao acordar
Com um Santo ao pé de mim
"Não te pretendo assustar
Sabes, sou São Valentim!"
Neste sossegado recanto
Conta-me agora sem demora
O que se passa meu Santo
Pra me visitares a esta hora?
”Nibo, quero dizer-te apenas
Que estive com Deus Cupido
Falamos de coisas terrenas
Mas fiz-me desentendido...
... e não é que o atrevido
Quer vir cravar-te umas setas
Só para te provocar dor?"
Que venha já! Estou precavido!
A dor que atinge os poetas
Proclama e enobrece o Amor!
(Aníbal Panza - Fevereiro. 2023)
#porquê
Na vida são tantas as vezes
Em que os "porquês" nos assaltam
Sempre acompanhados pelo "mas"
E os anos que por nós passam
Deixam-nos a um abandono
No recanto juvenil
Da idade dos porquês!
Mas porquê? Ou simplesmente, porquê?
Sei lá porquê! Mas gostava de saber!
Pois há um mundo imundo
Que parece não ter fim
E até me sinto perdido
Já que a resposta é um rotundo:
"Porque não!" ou "Porque sim! "
(Aníbal Panza - Fevereiro, 2023)
#pensamento
Deixo o meu pensamento solto
Que num incrível labirinto vagueia
Construindo assim uma tal teia
Onde sempre me sinto envolto
Sobe, desce, cruza, vira e revira
Faz pausas mas nem descansa
Rodopia, entra até em contradança
A ideia, num aconchego suspira
Vai assim o pensamento percebendo
Que muito tem, pode e deve fazer
Sem que seja por mera coincidência
E evolui intuindo, deduzindo e induzindo
Num mundo onde o importante é viver
Sem alterações patológicas da consciência!
(Aníbal Panza - Janeiro 2023)
#AnoNovo
Mais um ano que termina
Outro que logo começa
Digamos que é a sina
Dos seres vivos
Antes que o tempo esmoreça!
Que o 22 leve bocados
Que a seu tempo foram vividos
Mas ficam momentos guardados
No coração e na alma
Que mexeram com meus sentidos!
Espero que o bom se repita
Uma, outra e tanta vez
E no meu peito já palpita
Aquele vontade infinita
De voltar a ser feliz no 2023!
(Aníbal Panza -31.12.22)
#FELIZNATAL☃️☃️☃️😄🎄🎁❄🎅
Ainda que a todo o tempo
Quando a amizade o é de verdade
Os amigos connosco estejam,
Assim que se aproxima o Natal
Há um clima que se cria
E no meio de alguma fantasia
Retrata-se alegremente a cumplicidade
Em que juntos gracejam
E com um calor sentimental
Desejam a todos um Feliz Natal! 😄🎄🎁❄🎅
(Aníbal Panza, 24/12/2022)
#NATAL
Quando encontras na vida
Aquele tradicional amigo
E lhe ofereces uma bebida
Ficas contente contigo
É de chocolate o copinho
E a ginja tem um sabor original
Pode é saber a pouquinho
Ao meu querido Pai Natal!
Mas o importante afinal
Entre ambos é a partilha
Assim se fazem no Natal
Momentos de maravilha!
(Aníbal Panza- 23/12/22)
#Nibelício22
Com que então menino Pandinha
A fazer-se de entusiasta convidado
Para o jantar Natalício da turminha!
Tinha receio de ficar posto de lado?
Que ideia te passou pela cabeça
Pois de ti todos gostamos de verdade
E que na efémera vida permaneça
A beleza da nossa sincera amizade!
Se não te agradar a nossa ementa
Haverá sempre uma alternativa
Porque a boa disposição alimenta
Corpo e alma de uma forma criativa!
(Aníbal Panza - 16.12.2022)
#bonecodeneve
Delicadamente caíam como plumas
Os pequenos flocos nos meus sonhos
E um boneco criei com mil carinhos
De forma a ofuscar os meus estigmas
Ai se eu tivesse a sorte de te ter um dia
A repousar para sempre em minha mão
O teu alvo corpo nessa pose de sedução
Que em minha mente dá asas á ousadia
Talvez desse modo aquilo que escrevo
Com mil cuidados e sentido figurado
Á hipersensibilidade não fizesse mal
E o simples e invulgar boneco de neve
Surgisse aqui normalmente ao meu lado
E assim dele falasse num sentido literal!
(Aníbal Panza - 13.12.2022)
#osentidodavida
Dá muitas voltas a vida
E nas perguntas aí postas
Algumas não tem respostas...
Importa é que é vivida!
Tropeça ás vezes no rumor
Ao seguir o seu sentido
Porque é incompreendida
De quem desconhece o amor!
E ainda que a desfaçatez
Se intrometa onde não deve
O que ela diz não se escreve
Pois só se vive uma vez!
(Aníbal Panza. 25.11.2022)
#bodypump🏋♀️🏋♀️🏋♀️
Ainda que os tristes olhos
No seu olhar se perturbem
Pelo que julgam perceber
Nunca verão com bons olhos
As imagens que se exibem
Do nosso saber viver.
Deixem lá não se incomodem
Com pesos que se levantam
Na dureza de alguns dias.
As cargas alguns confundem
Mas a outros muito encantam
Pois são a sério sadias!
(Aníbal Panza-20.11.2022)
#pesadelos
Por vezes no silêncio da noite
Ressurge a triste perversidade
Que bem merecia um açoite
Apesar da sua matura idade!
E na parvoíce dos seus ditos
Se desacredita quem não merece
Esgotando assim todos os créditos
Numa vivência que entorpece
Nesta alegoria só lê quem vê
O livre fluir da pureza das ideias
E sem um "porque não" ou um "porquê"
Viaja a revolta no emaranhado das teias!
(Aníbal Panza. Novembro 2022)
#sentir#
Por entre o dissipar de algumas nuvens
Há um pôr do sol que sempre nos atrai
Tudo tão rápido quanto a vida se esvai
Mas que de pormenores nos faz reféns!
Num interminável hiato de tempo
Contado á velocidade de um caracol
Pedem-se mil cuidados pois há o anzol
Que de nós não afasta dito tormento!
Certo de que tudo passa e muda
A água pode separar-se da gordura
E o belo trigo do joio impertinente
Uns, crentes que é um Deus nos acuda
Outros, que se reconhecem na parábola
No fim, o sol põe-se é para toda a gente!
(Aníbal Panza - Outubro.2022)
#diadopoeta20.10
Outono!
Tempo de tantas mudanças
Em que o estio
vai abrindo
a porta
ao desconforto do frio
Mas onde a beleza da colheita
Longe das vulgares indiferenças
No aconchego
vai trazendo
Aquele imenso e solidário abraço.
E num ápice
há um intenso arrepio
Mostrando
quão perfeita é a estação
Que dá a voz aos poetas
Declamando
dos corações a paixão!
(Aníbal Panza - Outubro. 2022)
#MVA32
M_aravilhadas estão sem ilusões
A_s estrelas dispersas no universo!
R_epletas de incomparáveis paixões
C_ontando vão serenamente entre si
I_nfindáveis histórias e memórias que
A_legram os seus sofridos corações.
V_iagens há que por aí vão efetuando
I_dealizadas com doses de exotismo
A_crescentando à vida sem vacilar
N_otas de um profundo romantismo
A_o expressar quão belo é o saber amar.
A_final nada há que não possam falar
L_onge de olhares com vis pareceres
V_alerá sempre mais, livremente viajar
E_ntrelaçando as vidas sem temor e ir
S_audando os anos que passam a voar!
(Aníbal Panza- 08.10.2022)
É tão belo o pôr do sol
ao fim do dia
Mas é mais belo o teu rosto
no auge da ousadia!
É no limite da emoção
sem aura de fantasia
Que o atrevido coração
no teu amor se extasia!
Há quem diga que é fácil
a vida feita romance
Mas só quem está nelas
sabe o verdadeiro custo
No manter da performance!
(Aníbal Panza- Setembro 2022)
#allora?
Então!?
Acordo...
Sinto o cheiro a pairar
Desse teu corpo espraiado,
Relaxado,
Qual bela estrela do mar!
Olhos nos olhos
Em nós desperta o desejo
E reciprocamente sorrimos!
"Allora"??
Na doce ternura de um abraço
Nos fundimos!
Esquecendo assim por momentos
Os incontornáveis pesadelos
Que nos aguardam... Lá fora!
(Aníbal Panza- Setembro 2022)
#Ondulações
Ondula a água do mar
E as árvores com o vento
Ondula a vida com o tempo
As palavras com o pensamento
O meu olhar te encontra
E em silêncio vagueia
Vaidoso por ondular
No teu corpo de sereia
Enquanto os dedos deslizam
Pelo teu cabelo ondulado
Sinto as ondas de calor
De quem vive apaixonado!
(Aníbal Panza - Setembro 2022)
#viagem
Viajo intemporalmente...
Entre um passado
E um futuro
Desconhecido pela gente,
Onde apenas um guião
Me conduziu a um tesouro
Que tem lá dentro o presente...
Viajo sem demora...
Num ritmo controlado
Porque a espera...
Tem por companhia a dor
De quem um dia se enamora
Naquela boa atmosfera
Caracterizada pelo amor.
(Aníbal Panza-10/09/22)
#romariad'agonia
Libertem-se os raios de sol
Por entre as nuvens dispersas
Que passem num caracol
Do teu cabelo, as conversas
Que o meu sincero olhar
Permaneça no que é o teu
Pairando o amor no ar
Que por ti se acometeu
E se a vida nos permite
Apesar de alguns defeitos
Assim tão pura a abraçar
Que ninguém nos delimite
Com argumentos suspeitos
Enquanto de tão boa durar.
(Aníbal Panza- Agosto 2022)
#cuidado
Cuidado!
Escrevinhar é o despertar
Daqueles que criticando
Não tem outro modo de estar!
Cuidado!
Não são comidas pelo gato
Todas as línguas alheias
Que são estendidas no prato!
Mas comer...
Ainda que seja com a mão
Um rissol
Que sem saber ao que é
Sabe mas é a polvo...
Cuidado!
Cuidado?
Qual cuidado!
Se este discurso abstrato
Que para alguns é um desnorte
Para mim...
Foi o encontro com o Morte!
(Aníbal Panza- Agosto 2022)
#esperas
Para vir à Romaria
Não é preciso ciência
No menu da alegria
Escolhe-se a paciência
Sujeitas-te a esperas
Seja de pé ou sentado
Para saciar as entranhas
E acabas fotografado
Depois siga a Romaria
Pois outra espera te chama
Salvo pela companhia
Porque só fica quem ama.
(Aníbal Panza- Agosto 2022)
#emtempoderomaria
O teu olhar me deslumbra
Em qualquer hora do dia
Porque nele se vislumbra
O amor que aí tem moradia
Com carinho abriu a porta
Pro meu coração entrar
Lá dentro me reconforta
Num prazeroso abraçar
E assim vão dois corações
Sentindo a vida a pulsar
Juntinhos prá Romaria
Livres são as emoções
Que acabam por se beijar
Em frente da Sra D' Agonia!
(Aníbal Panza-Agosto 2022)
Se em cada ano que veloz passa
Há mais um que até nós chega
É porque o tempo nos enlaça
Premiando o esforço duma entrega
Assim se vão fazendo os anos
Nos terrenos de tanta incerteza
Assim se vão abrindo oceanos
Onde também navega a Ana Teresa
De porto em porto então viajamos
Levando cargas de uma esperança
Das quais não queremos ser reféns
Se algumas das rotas bem trocamos
Por paixão e com preserverança
Recebemos os merecidos parabéns!
(Aníbal Panza - 10/08/2022)
#amigos
Cansadíssimo das novelas da vida
Geradas na perversidade das mentes
Avanço da forma mais sentida
Lutando contra contrárias correntes
Aquilo que por vezes me incomoda
Posso por agora ignorar subtilmente
Porque a vida paulatinamente roda
Rumo ao futuro que está à nossa frente
Chegar lá é uma incógnita para todos
Pois para além dos naturais perigos
Há sempre uns camuflados escolhos
Seguros são sempre os passos dados
Na companhia dos melhores amigos,
O doce complemento dos meus olhos!
(Aníbal Panza-Agosto2022)
#outravezhoje
O tempo não para!
É assustador! Dizes-me tu!
Mas...
Só assim
Se dão anos à vida
Eternizando momentos
Sentidos e vividos
Com o sabor de uma primeira vez!
Deixemos que o tempo voe
E que nele fique refletido
O significado daquela troca de olhares
Em que alheados do medo
Tudo nos foi...
Apaixonadamente permitido!
(Aníbal Panza)
# memórias&mensagens
O tempo passa, sempre passa
Vezes sem conta em silêncio
Por onde as memórias esvoaçam
Sem peso de uma qualquer ameaça.
Memórias em permanente viagem
Num percurso feito história de vida
Balizado pelo carinho sussurrado
Na simplicidade da mensagem.
E ouve-se a palavra repetidamente
Que na escuridão do momento
A nossa vontade de viver reforça
Repousando a memória na mente
Num absoluto discernimento
Ecoando: "Força, força, força"
(Aníbal Panza- 19/05/2022)
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