sexta-feira, 31 de agosto de 2018

#olhares
Olhas! 
Olhas para mim com paixão 
E um sorriso interminável 
Olhas para mim com queixumes 
De um viver desagradável!
Olhas! 
Como me olhas às vezes 
Na languidez de um momento 
De um Amor com uns reveses 
Mas um prazer muito intenso!
Olhas! 
Como me olhas? Eu bem sei! 
Os outros também nos olham 
Com um olhar que há muito já cansei 
Pois que de intrigas fervilham.
Olhas! 
Olhas porque esse é o valor 
De quem se ama na Praça 
Por isso vales sempre mais 
Aos olhos de quem te mereça!
(Aníbal Panza)
#madrugadas

Abertos os olhos
Numa madrugada
Viam-se estrelas
Brilhando douradas
No longínquo infinito
Todas de mãos dadas.

Adormeci logo
Não quis ver mais nada!
Sei que não estou só
Pois maravilhada 
Sorrindo num sonho
Estavas ali 
Comigo deitada!

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

#serenata

Cruzamos ali os dedos
Confiamos mil segredos
Sem medos!
E foi tanta a discrição
Que ninguém se apercebeu
Do que é nossa  paixão!

Num simples movimento
Falou o coração lá dentro
Que entendimento!
A nossa pele disse sim
Num acordo de futuro
Por ter um amor Assim!

Num jogo de som e luz
O brilho do teu olhar me seduz
E reluz!
Quando encostada ao meu peito
Sorris para mim deleitada 
Num abraço tão perfeito!

Calados ali ficamos
Eternamente enamorados
Ancorados!
Indiferentes ao risco que nos mata
Mas com uma promessa selada
Repetir diáriamente a serenata!

(Aníbal Panza)

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

#atéquando
Parecem pingos de chuva
Surgindo e desaparecendo
Sem cor
Com dor 
E sabor.
Escorregam
Saltitam e molham
Depois secam
Deixam a pele 
Mais espelhada
Que a parede iluminada.
Vagueio
Por entre seres
Tudo espero
Tudo ganho
Depois perco
Todos os significados.
Apenas sinto
Algo mais que foi ficando
É que a mágoa do amor
Deixa os olhos molhados
Num ardor
Onde mora uma pergunta:
--"Até quando"?
(Aníbal Panza)

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

#oolhardopatito

Ai o olhar do patito
Um olhar tão insuspeito
Que às vezes fico aflito
Com o bater do meu peito.

Tudo porque o olhar
Continua sempre fresco
Tão fresco que até o mar
Disse assim cavalheiresco:

- Aníbal diz-me a verdade
Aquele é um olhar matreiro
Ou tem nele a beldade
De um amor verdadeiro?

(Aníbal Panza)

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

#aquelarua

Encontrei-te iluminada
Ainda o sol não via a lua
E o povo calcorreava
De uma forma acelerada
Aquela que é a nossa rua
Onde sempre te esperava.

Já desnudo pelo suspiro
Que fugidio da boca
Faminta por me beijar .
Não consegues esconder
Nem tão pouco disfarçar
O brilho do teu olhar.

São momentos de amor
No intenso do prazer
Onde trémulamente dizes
Que não nos vamos perder
Porque criámos raízes
Que nos farão ser felizes.

(Aníbal Panza)

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

#agonia

Sopra o vento todo o dia
Na cadência das marés
Tropeça em mim a Agonia
Fica caída a meus pés.

Levanta-te sê modesta
Vem aí a mordomia
Acompanha-me na festa
Somos todos Romaria

Repara no jogo de luzes
Na riqueza do trajar
Nas cores com que me seduzes
Quando trocamos o olhar.

Liberta-me o teu sorriso
Solta a garra que há por aí
Perderei contigo o juízo
Porque aguardarei por ti!


(Aníbal Panza)


#assimenfim

Vejo-te
         Como vejo o sol
                  Que mais poderia ver?

      Raio de luz
                 Paisagem
         Imagem embaraçosa...

Livre
   Como o vento
                    Com o tempo.

       Vem para mim
                    Num abraço
                           Assim!

        Fica!
                Suspira
                             Enfim!

(Aníbal Panza)

domingo, 12 de agosto de 2018

#momentodeêxtase

Naquele dia decidi:
Porque não, meter os pés ao caminho!
Manhã cedo, numa frescura de aromas
Esperei por ti ao virar da esquina.
É aldeia!
Que paisagem selvagem e tão cheia!

Subidas, descidas
Curvas e contracurvas.
Um abraço sem nunca perder o compasso.
O reencontro num beijo
Pleno, completo, sentido e também observado
Por sardões naquele espaço.

Há espinhos no caminho
Há olhares que te confundem
Amor! O mar está ali
Esse sim, a olhar para ti
Calmo, angustiadamemte calmo
A contrastar com o teu frio nervosismo.

Aterrada e insegura
Deixas que,  por breves instantes
O momento se dilua intensamente
Num sufoco,
Convertido num vale de lágrimas
Onde até um intrigante drone flutua!

Mas o amor sempre impera
Mesmo na dor de uma espera
E é então que ali nos entregamos, agora e já
Nos nossos trémulos braços
Onde em êxtase nos sobrepomos ao medo
Como se não houvesse nunca um amanhã!

(Aníbal Panza)


quinta-feira, 9 de agosto de 2018

#18.08.10.08.18
Porque há dias especiais 
E por demais desiguais 
E dentro desses dias 
Há Pessoas 
Que existem como que por magia 
Pois são ainda muito mais especiais 
Procuro então entender 
A relação na própria numerologia.
Pego no ano da colheita 
De mil novecentos e noventa 
Um vintage que sem dúvida 
Com o passar dos anos 
Tem um valor que aumenta 
Os seus sabores especiais 
E deleito-me... 
Com um dez e com um oito 
Que juntos aparentam dezoito 
Mas já retratam vinte e oito 
Na frescura dos aromas 
Que amamos cada vez mais.
É assim a natureza 
Que por obra, arte e amor dos pais 
Coloca em lugar de destaque 
Neste dia a Ana Teresa.
(Aníbal Panza)

domingo, 5 de agosto de 2018

#istoénosso
A cada dia que passa 
Aumenta o meu amor por ti
E a saudade não disfarça
Que o que nos une
É mais forte
E a todo o instante me leva
Sempre para dentro de ti.
Mal abras esses teus olhos
Os faróis da minha vida
Encontrarás de certeza
Estas palavras sinceras
Intensas de tão singelas
Quanto o é a tua beleza
Por te deliciares com elas.
Amo-te!
Que mais poderei dizer
Que mais poderei escrever
Já que dizendo escrevo
E escrevendo eu digo
Amor ❤️
Vem agora ter comigo
Nas quatro folhas de um trevo
Onde em cada uma descrevo
O amor, a amizade, o carinho e a partilha.
Sentes? Estou a sentir!
(Aníbal Panza)

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

#poemalúcido
"Aníbal" 
Nome feito palavra 
Palavra que bem descreve 
Essa amorosidade 
Pelo mundo, 
Pelas pessoas, 
Pela vida... 
Palavra doce e amiga 
Que deve ser soprada para todos lados. 
Amorosidade que falta 
Em muitos corações. 
Corações na liberdade do vento 
Vento esse vento que lhes toca. 
Espalhem-o por aí 
Que cuidarei disso por aqui. 
Assim, já seremos dois 
A animar a malta 
Numa vivência em que depois 
Só ama quem o entende 
Entende-o quem o amor 
Reconhece como um paraíso 
Vivenciado a dois!
(Aníbal Panza)