quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Pano e/ou a Nódoa...

Se é verdade… que no melhor pano cai a nódoa!
O pano sou eu, os outros…as redes sociais, a Net com o nosso querido blogger
O Pano é o meu mundo e o mundo dos outros!
Ser um pano, uma variação de cores e texturas femininas num ser masculino… o pano!
A minha casinha, modéstia à parte, sempre esteve limpa e arrumadinha, pois então, não fosse eu uma Mulher de armas, modéstia à parte. E, modéstia à parte, sendo uma dama de bom trato, nunca me assustaram as quedas de resíduos no pano que preenchia a dita casinha.
Não escondo que me atrapalhavam algumas das coisas que por lá caiam porque, mal as visitas viravam as costas, lá ia eu, prazenteira, modéstia à parte, limpar a dita.
Quem diz a dita, também pode pensar na desdita que são os traumas provocados pelas pequenas manchas.
Ele era vinho e diziam-me que era alegria, ele era azeite e falavam-me em tristeza, ele eram molhos e molhinhos e lágrimas (estas também mancham quando são de dor ou de tristeza). Pensamentos leva-os o vento e por isso eles não manchavam, apenas sujavam o querido paninho…
Até que um belo dia, ou talvez não, talvez um dia de nevoeiro, quem sabe, derramei um liquido, incolor, inodoro e insípido, que me parecia ser isso mesmo, a água e deitei tudo a perder…
O incolor da coisa ganhou mais cores do que o arco-íris, o inodoro tresandou a raiva e o insípido passou de insonso a salgado e repleto de fel…
O que teria feito eu para merecer que no melhor pano, modéstia à parte, caísse a nódoa.
Dizer paciência é resignar-me na certeza da minha sinceridade…a nódoa caiu está caída.
O pano estragou-se está estragado, que querem que faça?
Martirizar-me, só se fosse uma novela! Não vale a pena!
Vou seguir o conselho do JPP “ Ninguém é de Ninguém”
“Conta-me histórias de tempos
A que eu gostaria de voltar
Tenho saudades de momentos
Que nunca mais vou encontrar
A vida talvez sejam só 3 dias
Eu quero andar sempre devagar
Até a ti chegar


Ninguém é de ninguém
Mesmo quando se ama alguém
Ninguém é de ninguém
Quando a vida nos contém
Ninguém é de ninguém
Quando dorme a meu lado
Ninguém é de ninguém


Quando fico acordado vendo-te dormir
Um raio de sol através de um vidro
Faz-me por vezes hesitar
Na vontade de estar contigo
Melodia paira no ar
Paira no ar


Ninguém é de ninguém
Mesmo quando se ama alguém
Ninguém é de ninguém
Quando a vida nos contém
Ninguém é de ninguém
Quando dorme a meu lado
Ninguém é de ninguém
Quando fico acordado vendo-te dormir”

Ora cá está…valorizo o pano na nódoa, a nódoa no pano ou fico com o pano esquecendo a nódoa ou amo a nódoa que me enriquece o pano?
Tolice a minha, quando pensei que o mundo das Mulheres e dos Homens afinal podia ser melhor!
"Para que ter olhos azuis, se a natureza deixa os meus vermelhos?" (Bob Marley)

4 comentários:

  1. Oh mariazinha....
    este post é forte, caramba...
    e a musica k escolheste é lindissima!! :)

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  2. Ama a nódoa que enriquece o pano...
    Porquê? Não sei... mas acho mais bonito ;)

    Beijo

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  3. Forte Xaninha...muito forte e mais que isso - SENTIDO.

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  4. A nódoa é minha querida Green por isso o pano enriqueceu ao longo dos anos, tal como o vinho do Porto genuíno, quanto mais velho melhor e sujeito a criar depósito...´
    Claro que é lindo...e como se diz no melhor pano cai sempre a nódoa, por isso devemos procurar viver com serenidade.
    Beijo de verde esperança.

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...Simplesmente Maria.