domingo, 30 de julho de 2017

#xyeagora?

Vagueando naquele agitado espaço
Confronto-me com os desníveis
Lembrando que a régua e esquadro
De mãos dadas com um compasso
São vencidos muitos imprevisíveis.

Ai se a vida fosse simples assim
Traçada com básicos instrumentos!
Dos ângulos faria belos jardins 
E nas curvas ou retas linhas sem fim
Surfavam-se quaisquer lamentos.

Porém, estes projetos afastam
O real, do permanente ilusório,
Onde a menor subida ou descida
Pode ser uma casual antecâmara
Do chamado e temido purgatório.

Em tantas marés de dificuldades
Sobeja naquelas escadas o vão
Onde a fria matemática não comprova
Que muitas das nossas carnais vontades
Têm sempre numa incógnita a solução!


(Mariavaicomasoutras)

2 comentários:

  1. Oh, 'Maria', a tua poesia tem andado tão tristonha e meditabunda, ultimamente! A propósito...lembrei-me do poema O Quociente e a Incógnita, do Millôr Fernandes. Ninguém consegue cortar a raiz - quadrada, recta ou obtusa - do pensamento. Essa é que é essa!!

    Um beijinho, bom domingo. :)

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  2. Por isso mesmo...porque não se conseguem cortar raízes, assim continuará tristonha e meditabunda.Bjxs Janita

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...Simplesmente Maria.