sábado, 28 de abril de 2018


#brumasdememoria
Houve um povo que sempre se fez ao mar
Novas rotas e caminhos foi traçando e descobrindo
Índia, Brasil, Timor e África não nossa
Reis, imperadores e um decadente estado novo
Poder, colónias, guerra e esforçados soldados
Tudo heróis de um faminto e nobre povo.
Mas, a cada primavera tudo muda
Capitães, chaimites, papoilas, cravos
Ninguém fica parado depois de um adeus Partidos à esquerda, à direita em democracia 
Numa alegre cacofonia de uma alma minha
Com economia que se diz contraída e às avessas.
Imortal é a chama de um povo que em tudo embarca
Chama esfaqueada, esventrada, geringonçada
De uma saudosa pátria de igregios avós
E marchas de maiorias silenciosas e silenciadas
Onde haverá ainda e sempre um mês de Abril
Com um antes e um após de histórias mal contadas.
Uma valente nação com promessas e mais promessas
Suspeitas, indícios, testas de ferro, toupeiras
Onde os afetos de um fado conduzem ao fado dos afetos.
Ficam aqui e agora como armas as palavras que se escrevem
Enaltecendo uma liberdade de expressão
Fazendo com que as brumas da memória se conservem.
(Mariavaicomasoutras)

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...Simplesmente Maria.