quinta-feira, 19 de julho de 2018

#Oteunome
Como é macio o linho 
Onde bordei o teu nome, meu amor!
Mentiria se deixasse 
Que mais alguém te tocasse 
E assim te machucasse 
Não deixando que eu te amasse.
Como é macio o linho 
Onde bordei o teu nome, meu amor!
A agulha dos bordados 
Por entre os fios cruzados 
Diz aos nossos olhos recados 
Com mil e um significados.
Como é macio o linho 
Onde bordei o teu nome, meu amor!
Recordo com incontida agonia 
Aquele célebre dia 
Em que ver-te eu não podia 
Por falta de ousadia.
Como é macio o linho 
Onde bordei o teu nome, meu amor!
Contigo eu fui crescendo 
No sair de um sonho horrendo 
Onde me fui convencendo 
Que no bordar há o aprendendo.
Como é macio o linho 
Onde bordei o teu nome, meu amor!
Inclino-me aqui e agora 
Nessa peça sem demora 
Porque a vida está lá fora 
De uma forma encantadora.
Como é macio o linho 
Onde bordei o teu nome, meu amor!
Apenas guardo um lamento 
Que pulsa a todo momento 
Nesse coração sedento 
De um intenso acasalamento!
Como bordei no linho 
O teu nome tão macio, meu amor!
(Aníbal Panza) 

Sem comentários:

Enviar um comentário

...Simplesmente Maria.