quinta-feira, 1 de novembro de 2018

#chuvadelágrimas 

Quando na escura madrugada 
Os ventos não correm de feição 
E fatalmente somos assolados 
Por uma inevitável e forte trovoada 
Que abala por demais o coração 
Rápidamente ficamos silenciados 
Sem força, sem jeito e boca calada. 

Quase deitado e ensonado 
Dirigi-me num ápice ao local 
Onde raios e coriscos se dispersam 
E desde logo fica demonstrado 
Que a minha impotência é tal 
Já que os neurónios se cansam 
De ver as coisas correrem mal! 

Desconsoladamente a chuva cai 
Qual vale de lágrimas escorrendo 
Com uma intensidade que recai 
Sem saber bem até quando 
No interior das almas que se amam 
E que vão tenazmente aguentando 
Não só com o que dos céus levam. 

(Aníbal Panza)

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...Simplesmente Maria.