#chuvadelágrimas
Quando na escura madrugada
Os ventos não correm de feição
E fatalmente somos assolados
Por uma inevitável e forte trovoada
Que abala por demais o coração
Rápidamente ficamos silenciados
Sem força, sem jeito e boca calada.
Quase deitado e ensonado
Dirigi-me num ápice ao local
Onde raios e coriscos se dispersam
E desde logo fica demonstrado
Que a minha impotência é tal
Já que os neurónios se cansam
De ver as coisas correrem mal!
Desconsoladamente a chuva cai
Qual vale de lágrimas escorrendo
Com uma intensidade que recai
Sem saber bem até quando
No interior das almas que se amam
E que vão tenazmente aguentando
Não só com o que dos céus levam.
(Aníbal Panza)
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...Simplesmente Maria.