#diálogo com a paz

Nascido do pecado original
Deliciando-me com a natureza
Segui os caminhos da vida
Uns sinuosos e íngremes
Outros misteriosamente sedutores
Como a preguiça e a soberba
Luxuriosamente avarentas
Onde a ira se orgulha
De possuir uma gula pecaminosa.

É, no entanto, contigo
Doce e ternurenta paz
Que me desapego das vaidades
Do terreno dos mortais
É igualmente contigo
Que numa prática de bondade
Com a caridade me transformo
Num verdadeiro peregrino penitente!

Paz, doce paz!
Espero ser o teu cúmplice
Até ao dia, em que
De uma forma universal
Todos sintam que é em ti
Que o paraíso se encontra
Ainda que no juízo final
A vida não volte atrás!

(Anibal Panza)