terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O que vejo…

Do alto da minha cave


Vejo uma triste alegria.

Vejo um imposto que sobe

Mais um corte que arrepia.

Vejo um desgoverno rosado

Num governo que legítimo foi parido

Mas ferido de minoria,

Que ao durar asfixia.

Vejo uma oposição radiante

Pelo enterro constante,

De mudanças adiadas

Em campanhas prometidas.

Vejo inaugurações,

Autoestradas e TGV’s,

Pontes e aeroportos

Que se vão anunciando

Semana após semana,

Quem sabe se atolando

O povo numa barragem.

É Tua, a imagem que prevejo

É o lodo que antevejo.

Vejo Eurocratas famosos

Prontos para ajudar

A salvar-nos de mercados

Por eles, sabiamente criados,

Gerando endividados

Com juros de encantar.

É a água que vai juntando.

E os ideais afogando,

Perguntamos todos agora:

“Isto dura até quando?”

Que se passa que não vejo!

Sou cego, surdo e mudo?

Das virtudes estou despido?

Quem me dera,

Não ver o que agora vejo

Mas ver tudo o que desejo.

4 comentários:

  1. Temos que ter cuidado com o que desejamos: os deuses para nos castigar por vezes atendenm-nos.

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. É melhor ver o que se deseja do que ver outras coisas...

    ResponderEliminar
  3. Vá chiba-te...Gajo ou gaja?
    Será hermafrodita?
    Ou...Ou...
    Ai!

    ResponderEliminar

...Simplesmente Maria.