Poema de agradecimento à corja
Obrigado, excelências.
Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade
de vivermos felizes e em paz.
Obrigado
pelo exemplo que se esforçam em nos dar
de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem
dignidade.
Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada.
Por não nos darem explicações.
Obrigado por se orgulharem de nos tirar
as coisas por que lutámos e às quais temos direito.
Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria.
Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero.
Obrigado pela vossa mediocridade.
E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer.
Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber.
Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera.
Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias
um dia menos interessante que o anterior.
Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar.
Obrigado por nos darem em troca quase nada.
Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade.
Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade
e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço.
E pelo vosso vergonhoso descaramento.
Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer,
o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar.
Obrigado por serem o que são.
Obrigado por serem como são.
Para que não sejamos também assim.
E para que possamos reconhecer facilmente
quem temos de rejeitar.
Joaquim Pessoa
É triste...
ResponderEliminarGosto do Joaquim Pessoa!
Beijinho*
Conhecia há tempo, mas é sempre bom reler!
ResponderEliminarConheço o Joaquim e a família desde miúda...
Bom voto , Maria, porque não te vais abster, pois não?
Beijinhos
São, nunca me abstive nem me vou abster...tenho a minha opinião retrato-a no meu voto secreto e sou declaradamente anti abstenção que para mim significa alheamento e indiferença.
ResponderEliminarOlá Maria!
ResponderEliminarJá tinha recebido esse poema por mail. Está tudo dito e bem dito. Nada mais posso acrescentar. Nunca faltei às mesas de voto. Pretendo continuar a mostrar a minha indignação. Só se piorar do meu pé e não me puder deslocar. Um abraço.