segunda-feira, 30 de junho de 2014

Falecer...

A todos os Andrés, Manueis, Antónios
e muitos outros que em vão partiram!
O Amor das mães que vos perderam
Tem toda a dor que nunca alguma vez sentiram..
Gerados, paridos, educados como puderam
Foram sempre o núcleo e o sentido da vida!
Num momento, tudo se destrói para sempre.
Procuram-se respostas para qualquer incidente...
Que importa saber o quê e o porquê?
Tudo se transforma na vida, perdem-se filhos
e os netos que nem sempre há ou jamais haverá!
Ser mãe é querer ser avó para nunca se sentir só!
Na guerra, na estrada, na diversão...
Em qualquer momento acontece o partir para o além!
Onde todos os dias chega sempre mais alguém.
Que ninguém se iluda com este acontecer...
É o fortalecer do amor na angústia da dor,
É triste e ninguém o quer,
Mas esta é a lei da vida...
um dia irá acontecer... o falecer!


(Um beijinho de coragem à Judite e um forte abraço ao pai do André e a todas as mães e pais que vão passando por esta provação...que Deus vos abençoe eternamente)

9 comentários:

  1. Que linda homenagem... uma dor sem igual.

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  2. Lindo.... leio-te sempre no blog da Til...
    Beijos!!

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  3. S* é uma homenagem sentida porque vivi proxino de uma pessoa que viu morrer o filho na guerra colonial...

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  4. Anónimo, gostaste? Se me lês na TIl é porque deves ter bom gosto.

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  5. Olá Maria!
    Um poema muito sentido ,este!
    Realmente deve ser uma dor imensa e que nunca mais se "apaga" na vida de uma mãe ou pai. Não sou capaz de avaliar em concreto, pois nunca por mim passou. Tenho amigas que perderam filhos e vejo como elas se sentem. Um abraço e boa semana.

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  6. Por motivos óbvios tenho mais de trinta anos de contactos com filhos que perdem os pais e pais que perdem os filhos, e netos, e avós...no fundo a desintegração de familias! uma dor à qual fui ganhando alguma resistência mas que sinto, mesmo não sendo meus familiares!

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  7. Junto o meu abraço ao teu.
    Muitas são as pessoas que falaram e escreveram sobre este tema... mas abstive-me de comentar, preferi homenagear a dor desta mãe (e de tantas tantas outras) em silêncio.
    Também eu já vi partir abruptamente alguém... também eu já vi o coração da minha mãe em carne viva e dilacerado pela dor da perda de um filho.


    Beijos no teu coração.

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  8. Obrigado Afrodite...eu falei mas fiquei em profundo silêncio. Bjo*

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  9. Maria tu és mãe?Se não és,parece...Sabes que comecei a pensar na declaração de amor que a namorada fez ao André,depois da morte.Que lindo...Achas que ele morreu a saber disso?

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...Simplesmente Maria.