terça-feira, 29 de maio de 2018

#restodenada

Entrego o corpo a Deus
Martirizado que está
Por saber que o amanhã
Só se forja num adeus.

A espera é tão sedenta
De um alimento irreal
Que mesmo um ténue sinal
A esperança não sustenta.

Num mar de interrogações
E linguagem confusa
A vida de mim abusa.

Entrego-me assim à sorte
De toda a banha da cobra
E ao nada, do vazio que me sobra!

(Mariavaicomasoutras)

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...Simplesmente Maria.