Esquecimento
Esse de quem eu era e era meu,
Que foi um sonho e foi realidade,
Que me vestiu a alma de saudade,
Para sempre de mim desapareceu.
Tudo em redor então escureceu,
E foi longínqua toda a claridade!
Ceguei... tateio sombras... que ansiedade!
Apalpo cinzas porque tudo ardeu!
Descem em mim poentes de Novembro...
A sombra dos meus olhos, a escurecer...
Veste de roxo e negro os crisântemos...
E desse que era eu meu já me não lembro...
Ah! a doce agonia de esquecer
A lembrar doidamente o que esquecemos...!
Que me vestiu a alma de saudade,
Para sempre de mim desapareceu.
Tudo em redor então escureceu,
E foi longínqua toda a claridade!
Ceguei... tateio sombras... que ansiedade!
Apalpo cinzas porque tudo ardeu!
Descem em mim poentes de Novembro...
A sombra dos meus olhos, a escurecer...
Veste de roxo e negro os crisântemos...
E desse que era eu meu já me não lembro...
Ah! a doce agonia de esquecer
A lembrar doidamente o que esquecemos...!
(Florbela Espanca)
Oh as palavras da nossa sempre imortal Florbela...
ResponderEliminarBjxxx
A pena é que as palavras voam com o vento...Isy
EliminarBjo*
Esse senhor aqui sou eu: PEQUENOS DELITOS RENOVADOS...
ResponderEliminarPor uma cruel e intensa acumulação de coisas, esse senhor (que continua admirador da MVCAO) esqueceu-se de um pedido à MVCAO:
Um poema para postar no PDR e acabou, por força de "forças ocultas", esquecendo-se do pedido e mais ainda, de publicar o poema.
Peço desculpas ao meu irmão Lusitano, simpático, bem humorado e como dizem ai em Portugal "um cara fixe"...
Quanto à FLORBELA ESPANCA..... uma arte em pessoa. Um representante maior da nossa língua portuguesa...
Perdão MVCAO..... perdão de coração e o poema será postado, tendo em vista a ótima, linda e sempre humorada presença tua no blog PDR...