quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Esquecimento

O presente poema não é da minha autoria, dedico-o a um senhor que nestes últimos dias revelou um cruel e oportuno esquecimento...

Esquecimento



Esse de quem eu era e era meu,
Que foi um sonho e foi realidade,
Que me vestiu a alma de saudade,
Para sempre de mim desapareceu.

Tudo em redor então escureceu,
E foi longínqua toda a claridade!
Ceguei... tateio sombras... que ansiedade!
Apalpo cinzas porque tudo ardeu!

Descem em mim poentes de Novembro...
A sombra dos meus olhos, a escurecer...
Veste de roxo e negro os crisântemos...

E desse que era eu meu já me não lembro...
Ah! a doce agonia de esquecer
A lembrar doidamente o que esquecemos...!
(Florbela Espanca)

3 comentários:

  1. Oh as palavras da nossa sempre imortal Florbela...

    Bjxxx

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  2. Esse senhor aqui sou eu: PEQUENOS DELITOS RENOVADOS...
    Por uma cruel e intensa acumulação de coisas, esse senhor (que continua admirador da MVCAO) esqueceu-se de um pedido à MVCAO:
    Um poema para postar no PDR e acabou, por força de "forças ocultas", esquecendo-se do pedido e mais ainda, de publicar o poema.
    Peço desculpas ao meu irmão Lusitano, simpático, bem humorado e como dizem ai em Portugal "um cara fixe"...
    Quanto à FLORBELA ESPANCA..... uma arte em pessoa. Um representante maior da nossa língua portuguesa...
    Perdão MVCAO..... perdão de coração e o poema será postado, tendo em vista a ótima, linda e sempre humorada presença tua no blog PDR...

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...Simplesmente Maria.